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22 de novembro de 2024

Nova espécie de árvore descoberta na Mata Atlântica tem fruto vermelho, comestível e suculento; conheça


Por Redação GMC Online Publicado 18/09/2024 às 14h41
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Uma descoberta na Mata Atlântica está trazendo esperança para a biodiversidade e ao mesmo tempo destacando os desafios da preservação ambiental. Pesquisadores anunciaram a identificação de uma nova espécie de árvore frutífera, a Eugenia guapiassuana, encontrada na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro. O destaque vai para o fruto comestível dessa árvore, uma novidade para a ciência.

A espécie foi descoberta por Messias Gomes da Silva, um funcionário da REGUA, durante suas atividades de campo. Em homenagem à localidade onde foi identificada, a árvore foi nomeada Eugenia guapiassuana, que já se destaca dentro do gênero Eugenia, conhecido por sua diversidade na flora brasileira.

Fruto suculento e comestível: Características únicas da nova espécie de árvore

Popularmente chamada de cereja-de-guapiaçu, essa nova árvore é de grande porte e impressiona por suas flores grandes e rosadas, uma característica rara entre as espécies de Eugenia, cujas flores costumam ser pequenas e brancas. A árvore também é caducifólia, ou seja, perde suas folhas completamente durante a floração, revelando uma copa rosada que pode ser vista à distância.

O fruto da Eugenia guapiassuana é comestível e se destaca por sua coloração vermelho-vivo, polpa suculenta e alaranjada, sabor levemente ácido e aroma intenso. Essa nova espécie tem semelhanças com a Eugenia involucrata, conhecida como cereja-do-rio-grande, o que reforça sua conexão com o gênero, mas suas características singulares a tornam única.

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A cereja-de-guapiaçu, como foi popularmente batizada, é uma nova espécie de árvore de grande porte, enquanto seu fruto apresenta um vermelho-vivo, com polpa suculenta e alaranjada. Foto: Thiago Fernandes/JBRJ/Divulgação

Ameaça

Apesar de sua beleza e importância ecológica, a Eugenia guapiassuana enfrenta um risco crítico de extinção. A degradação da Mata Atlântica devido à expansão urbana e atividades agrícolas tem ameaçado o habitat dessa nova espécie, destacando a urgência de proteger as áreas remanescentes dessa floresta tropical.

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Tronco de um exemplar da ‘Eugenia guapiassuana’. Foto: Thiago Fernandes/JBRJ/Divulgação

A descoberta serve como um alerta sobre a necessidade de preservar a biodiversidade da Mata Atlântica, uma das regiões mais ricas em espécies, mas também uma das mais ameaçadas do planeta.

A descrição científica da Eugenia guapiassuana foi publicada na revista Kew Bulletin, resultado da colaboração entre o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Sítio E-Jardim. A pesquisa contou com o apoio técnico e logístico da REGUA, reforçando a importância das parcerias entre instituições na conservação da biodiversidade.

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Flores da ‘Eugenia guapiassuana’. Foto: Thiago Fernandes/JBRJ/Divulgação

Com informaçõe do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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