O Brasil tem sofrido os impactos gerados pelo fenômeno climático El Niño nos últimos meses. E os meteorologistas e cientistas já estão de olho nas condições que o país deve enfrentar no próximo semestre. O motivo? A incidência da La Niña, que altera, mais uma vez, o regime de chuvas em diferentes regiões.
O El Niño é responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacifico. O fenômeno climático é marcado por causar secas extremas no Norte e Nordeste e enchentes na Região Sul. A La Niña, por outro lado, é caracterizada pelo resfriamento do Oceano Pacífico, o que provoca aumento nas chuvas registradas no Norte e Nordeste do país, além de seca na Região Sul.
“A La Niña é um fenômeno natural de resfriamento além do normal das águas do Oceano Pacífico tropical central e leste. El Niño seria a fase oposta, de aquecimento além do normal das águas do Oceano Pacífico tropical central e leste”, explica Luciana Figueiredo Prado, professora e pesquisadora da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
A professora Luciana Prado ressalta ainda que o El Niño deve começar a enfraquecer em maio e junho, e logo em seguida o Brasil sentirá os efeitos da La Niña. “No entanto, ela deve atingir seu ápice apenas no fim do ano, em dezembro”, complementa. “O El Niño atual foi considerado muito forte, e por isso intensificou as chuvas de verão no Sul do Brasil e também intensificou as temperaturas quentes da primavera e verão”, pontua Luciana Prado. “A La Niña tem o efeito oposto, e espera-se que diminua as chuvas de verão no Sul do Brasil e aumente as chuvas no Norte e Nordeste, trazendo um cenário oposto do que observamos no fim de 2023”, explica Luciana Prado.
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