03 de maio de 2025

‘Obrigado por me trazer de volta à praça’, disse Francisco a enfermeiro


Por Agência Estado Publicado 23/04/2025 às 07h51
Ouvir: 03:25
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Foto: Reprodução/Agência Brasil

“Obrigado por me trazer de volta à praça”, disse o papa Francisco ao seu enfermeiro por incentivá-lo a ter um último encontro com a multidão a bordo do papamóvel no domingo, horas antes de sua morte.

As palavras que o pontífice dirigiu ao seu fiel enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappeti, no Domingo de Páscoa, foram divulgadas ontem. Após a tradicional bênção Urbi et orbi da sacada da Basílica de São Pedro, Francisco fez um passeio inesperado a bordo do veículo papal entre os milhares de fiéis reunidos para a celebração.

Mas antes do trajeto, ele perguntou ao seu enfermeiro: “Acredita que eu posso fazer?” Strappetti o tranquilizou e o papa percorreu durante quase 15 minutos a praça, abençoando vários bebês no caminho. Como Francisco disse uma vez, foi o auxiliar que salvou sua vida anteriormente, ao sugerir que ele se submetesse a uma cirurgia de cólon. O pontífice, então, o nomeou seu assistente pessoal de saúde em 2022,

O enfermeiro esteve ao lado do papa durante todos os 38 dias de internação no Hospital Gemelli e 24 horas por dia durante sua convalescença na Casa Santa Marta. “No dia anterior, eles foram à Basílica de São Pedro para rever o “percurso” a ser feito no dia seguinte, quando Francisco apareceria do balcão central da basílica”, acrescentou a Santa Sé.

Sem desistir

Em 25 de março, o médico Sergio Alfieri, chefe da equipe responsável por Francisco no Hospital Gemelli, em Roma, revelou detalhes sobre o momento mais crítico da internação, em entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera. Segundo ele, foi cogitado suspender o tratamento e deixar Francisco morrer, uma vez que ele vinha sofrendo.

Alfieri também explicou, na ocasião, que o papa delegou as decisões a seu assistente pessoal, em quem sempre teve total confiança. “Strappetti nos disse: tente de tudo, não desista e ninguém desistiu”, revelou Alfieri.

Segundo o Vaticano, o jesuíta argentino descansou durante a tarde em seu apartamento na residência de Santa Marta no Vaticano, antes de jantar de maneira tranquila. Na segunda-feira, por volta das 5h30 (0h30 de Brasília), surgiram os primeiros sinais de mal-estar. Mais de uma hora depois, após falar com seu enfermeiro, entrou em coma e morreu às 7h35 no horário local (2h35 de Brasília). “Não sofreu, tudo aconteceu rapidamente”, disseram aqueles que estiveram ao seu lado nos últimos momentos. Ontem, os auxiliares próximos se despediram do papa em Santa Marta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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