Óculos escuros e boné: como Nardoni circula disfarçado nas ruas de SP

Desde que deixou a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, no interior de São Paulo, há duas semanas, a rotina de Alexandre Nardoni, de 45 anos, tem sido fugir da atenção das pessoas. Disfarçado com boné, óculos escuro e um carro com película 100% escura, ele faz de tudo para não ser reconhecido e teme ser hostilizado.
Alexandre foi condenado a 31 anos pela morte da própria filha, Isabela Nardoni, de 5 anos, em 2008, e, desde o dia 6 de maio, cumpre pena em regime aberto. Ele ainda é casado com Ana Carolina Jatobá — madrasta de Isabella e condenada a 26 anos pela morte da menina —, mora em uma mansão da sua família, e está trabalhando na empreiteira do seu pai, ambos na zona norte de São Paulo. As informações são da coluna True Crime, do Globo.
O trabalho era uma das exigências da Justiça para que ele pudesse cumprir o restante da pena em liberdade. Uma empreiteira é o único local que Alexandre frequenta quando sai de casa. Na empresa, o pai de Isabella atua na supervisão e acompanhamentos de obras. Fora do trabalho, Alexandre aproveita seu tempo livre na mansão do pai, que fica bairro Tucuruvi, também na zona norte. Ele tem chamado amigos à casa para aproveitar a piscina do imóvel e planeja fazer uma festa no local para comemorar seu aniversário de 46 anos, no dia 26 de junho.
Medo de hostilidades
O maior medo de Alexandre Nardoni é ser reconhecido e hostilizado na rua. Ele e Ana Carolina Jatobáquase foram linchados por uma multidão quando enfrentaram o Tribunal do Júri, no Fórum de Santana, em 2010.
