Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

01 de julho de 2024

Quando vai esfriar? Saiba os impacto do La Niña nos próximos meses


Por Redação GMC Online Publicado 17/02/2024 às 09h25
Ouvir: 00:00
frio-e-baixa-umidade-brasilia_mcamgo_abr_300720211818-9
Foto: Ilustrativa/Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Após um ano e meio de duração e sucessivos recordes de temperatura batidos, o El Niño deve se despedir no segundo semestre e dar lugar ao La Niña. De acordo com a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a versão mais fria do fenômeno climático deve passar a vigorar entre julho e setembro, conforme documento da entidade, elaborado com base em uma série de modelos estatístico-climáticos.

O El Niño ocorre com intervalos de dois a sete anos, e se caracteriza pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico na região do Equador. Isso causa a interrupção dos padrões de circulação das correntes marítimas e massas de ar, o que leva a consequências distintas ao redor do mundo. “Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes e secas em determinados locais do mundo”, disse Michelle L’Heureux, cientista do Climate Prediction Center.

LEIA TAMBÉM

Na semana passada, um relatório do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicou que, apesar de El Niño estar classificado atualmente como forte, a intensidade do fenômeno deve mudar de moderada para fraca nos próximos meses, com possibilidade de formação do La Niña no segundo semestre. Mensalmente, o documento é produzido e atualizado para garantir informações acerca do fenômeno e, assim, apoiar os órgãos federais e estaduais, além de contribuir para a tomada de decisões governamentais referentes ao País – o fenômeno afeta, por exemplo, a colheita.

LEIA TAMBÉMFenômeno raro é flagrado no céu e chama atenção de moradores da região; VÍDEO

Recordes de calor

Sob influência do El Niño, o mundo bateu recordes sucessivos de calor. O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, segundo relatório divulgado pelo observatório europeu Copernicus. A temperatura média no ano passado foi 1,48 ºC mais quente do que na era pré-industrial (meados do século 19), segundo a agência. E quebrou a barreira de 1,5ºC em 12 meses, marco do Acordo de Paris, no mês passado.

A influência do El Niño ainda esteve relacionada a eventos extremos, como ciclones extratropicais no Sul e a estiagem acompanhada de queimadas na Amazônia, além das ondas de calor em várias regiões do Brasil.

O La Niña

O La Niña é um fenômeno climático oposto, caracterizado pelo esfriamento das águas superficiais do Pacífico e pela consequente queda nas temperaturas globais. No Brasil, ele costuma causar fortes chuvas nas Regiões Norte e Nordeste. No Sul, há elevação das temperaturas e seca.

Na última vez em que vigorou, o fenômeno teve a duração de três anos. “O La Niña potencializa as ondas de frio nos períodos de outono-inverno e primavera. Por outro lado, é preciso lembrar que áreas da América do Sul em Argentina, Uruguai, Paraguai e Sul do Brasil podem ter forte estiagem e ondas de calor intensas, como em 2021/2022”, afirma a meteorologista Estael Sias, da MetSul.

De acordo com a NOOA, o El Niño deve estender seus efeitos até maio. Após esse mês, segue um período de neutralidade climática e, então, começa a se formar o La Niña. Não necessariamente os dois eventos se sucedem imediatamente, explica Estael. Eles podem se prolongar e se repetir.

Quando o La Niña começará a atuar? Quando vai esfriar no Paraná?

A La Niña deve se configurar no fim do inverno e primavera. É o que explicou o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Samuel Braum, ao GMC Online. Segundo ele, boa parte do inverno deve transcorrer com situação de neutralidade. “A princípio, as temperaturas devem apresentar comportamento mais próximo ao normal no inverno, podendo ter alguma situação de frio também na primavera. Mas não há indicativo de termos situações de frios mais frequentes em comparação a uma situação normal. Começa a esfriar normalmente a partir de maio, com ondas mais intensas entre junho e julho”, explica.

Ele ressalta que no noroeste normalmente são poucas as ondas de frio que conseguem provocar geadas, por exemplo. “Obviamente novas atualizações vão ocorrer com o passar dos meses. Entre 2020 e 2022 tivemos atuação da La Niña. Este ano tendência é que este ano faça mais frio do que em 2023, pois no ano passado tivemos poucas ondas de frio (inverno mais quente) e este deve ser perto da média”, explica.

Com informações da Agência Estadual de Notícias e Simepar.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Acidente de trânsito envolvendo Mercedes causa a morte de um motociclista no centro de SP


Um motociclista de 39 anos morreu após ser atropelado por um carro da marca Mercedes-Benz na noite de sexta-feira, 28,…


Um motociclista de 39 anos morreu após ser atropelado por um carro da marca Mercedes-Benz na noite de sexta-feira, 28,…