Conheça as raças mais utilizadas como cães-guia
Para ser cão-guia, o animal precisa ter algumas características: temperamento equilibrado, capacidade de aprendizado e resistência
Os cães-guias são aliados na inclusão e na mobilidade de pessoas com deficiência visual e, em alguns casos, também auxiliam pessoas com limitações físicas.
Esses animais passam por um treinamento rigoroso para se tornarem companheiros obedientes, cuidadosos e atentos aos perigos do ambiente.
Apesar de sua importância, o número de cães-guia no Brasil ainda é pequeno: estima-se que haja pouco mais de 200 animais em atividade, para atender uma população de mais de 7 milhões de pessoas com deficiência visual.
O que define um bom cão-guia?
Para desempenhar bem essa função, o cão precisa ter algumas características específicas: temperamento equilibrado, alta capacidade de aprendizado, sociabilidade e resistência física. Por isso, algumas raças são preferidas pelas escolas especializadas em treinamento.
As 5 raças mais usadas como cães-guia
Confira abaixo as raças mais utilizadas nessa função e por que elas se destacam:
1- Labrador Retriever

É a raça mais comum em programas de formação de cães-guia. Inteligente, dócil e extremamente sociável. Responde bem a comandos e tem boa resistência física.
2- Golden Retriever

Muito semelhante ao Labrador em temperamento. Conhecido por sua paciência e facilidade de adaptação. Excelente com crianças e em ambientes movimentados.
3- Pastor Alemão

Antigamente era a raça mais usada como cão-guia. Muito protetor, leal e inteligente. Exige um pouco mais de manejo devido à sua energia e instinto de guarda.
4- Poodle (Tamanho Standard)

Embora menos comum, é uma boa opção para pessoas com alergia, já que solta pouco pelo. Altamente inteligente e sensível. Ideal para ambientes urbanos.
5- Boxer

Usado em casos específicos, principalmente com pessoas com deficiência física. Forte, protetor e muito apegado ao tutor. Necessita de treinamento firme e constante.
Além da raça: o treinamento faz a diferença
O sucesso do cão-guia não depende apenas da genética. Os animais passam por até dois anos de preparação, que inclui socialização, obediência, testes de comportamento e treinamento prático em diferentes ambientes. O custo desse processo pode ultrapassar R$ 100 mil por cão.
Especialistas alertam que, embora o número de pessoas que poderiam se beneficiar de um cão-guia seja enorme, a oferta ainda é muito restrita.
Falta investimento público, parcerias privadas e políticas de incentivo à formação desses animais no Brasil.