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13 de dezembro de 2025

Risco fiscal pesa, juros sobem e batem nos 2 dígitos nos vértices mais longos


Por Agência Estado Publicado 12/08/2021 às 20h57 Atualizado 20/10/2022 às 14h05
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Os juros futuros fecharam a quinta-feira em alta, dada a perspectiva cada vez mais negativa para o cenário fiscal, político e de inflação. As máximas foram atingidas à tarde, em reação ao imbróglio relacionado à proposta de reforma do Imposto de Renda. Em meio a constantes alterações e contestações no texto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação prevista para esta quinta-feira para a terça-feira, a pedido dos líderes.

As mudanças frequentes e de última hora, muitas vezes sem discussão prévia e aprofundada, cedendo a pressões das mais diversas, são consideradas uma sinalização ruim para os agentes, que também até agora não digeriram a PEC dos precatórios, vista como contabilidade criativa para postergar o pagamento de dívida.

Nesse contexto, o Tesouro não conseguiu vender integralmente a oferta de prefixados mais longos. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), mais forte que a esperada, serviu de pretexto para a abertura das taxas e as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foram consideradas em linha com a mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 6,58%, de 6,539% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 8,139% para 8,250%. O DI para janeiro de 2023 encerrou com taxa de 9,24%, de 9,085% na quarta e a do DI para janeiro de 2027 passou de 9,483% para 9,63%. Os vencimentos a partir de 2031 fecharam com taxas de dois dígitos. A do DI para janeiro de 2031 encerrou em 10,09% (9,62% na quarta), pela primeira vez nos dois dígitos desde março de 2020.

O economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, afirma que o mercado de DI está muito difícil, contaminado pelo quadro de inflação elevada no curto prazo e cenário fiscal ainda pior. “Perdemos aquela melhora que tivemos e o ambiente ficou ainda mais frágil. E essas idas e vindas nas votações em Brasília acabam atrapalhando”, afirmou.

“Está fora de pauta, a pedido dos líderes, para votar na terça-feira, sem compromisso de mérito”, determinou Lira sobre a proposta para o IR, contrariado por ter de adiar, pois queria avançar com a reforma nesta quinta. Ele afirmou que o tema da reforma tributária foi dividido justamente pela complexidade do assunto e negou que a reforma possa tirar recursos de Estados e municípios.

A questão fiscal também foi mencionada por Campos Neto em apresentações nesta quinta-feira, que, em linhas gerais, foram lidas como alinhadas ao que o Copom trouxe em seus documentos recentes. Alguns players chamaram a atenção também para os comentários sobre o juro neutro. Segundo ele, a maioria das projeções está em torno de 3%, mas “algumas pessoas estão mudando isso para algo entre 3,0% e 3,5%”. O comentário foi feito após questionamento a respeito de possível mudança da taxa neutra para os três próximos anos, considerando o desenvolvimento na área fiscal nos anos de 2020 e 2021.

Na agenda, o destaque foi o crescimento do volume de serviços prestado em junho ante maio, de 1,7%, quatro vezes acima da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast (+0,4%). Embora tenha servido de argumento para puxar as taxas pela manhã, Serrano lembra que a pesquisa é de junho, portanto um retrovisor que em tese não serviria para fomentar a piora da percepção sobre a inflação de serviços, que tem dados bem mais atualizados.

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