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12 de setembro de 2024

Rota e Promotoria prendem ‘Degola’ do PCC, que planejava a fuga do chefão Marcola


Por Agência Estado Publicado 12/09/2024 às 16h43
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A Polícia Militar de São Paulo e o Ministério Público do Estado prenderam na quarta-feira, 11, o líder do PCC Ivan Garcia Arruda, o Degola, integrante da ala Restrita Tática, que planejava a fuga do chefão da facção Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, da penitenciária federal em Brasília. Segundo a investigação, Degola estava coordenando o recrutamento e preparação de criminosos que ficariam responsáveis pela operação de resgate de Marcola.

A prisão de Degola foi anunciada no Instagram pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), do 1.º Batalhão de Choque da PM paulista. A ação foi aberta para cumprir oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de Sorocaba, no interior do Estado. Os alvos são endereços supostamente ligados a Degola.

Os investigadores apontam que o resgate de Marcola seria realizado para uma estratégia de reorganização da cúpula do PCC, que se intensificou em 2024 em razão de uma disputa de poder entre os principais líderes da facção.

O MP identificou um racha na ala Sintonia Final, envolvendo Marcola e outros líderes do PCC, Tiriça, Vida Loca e Andinho.

De acordo com o Ministério Público, a cisão teve início em junho de 2022, quando Marcola (à época na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho) disse que Tiriça seria psicopata. O diálogo foi gravado e usado como prova no julgamento que condenou Tiriça a 31 anos de prisão pelo assassinato brutal de uma psicóloga da penitenciária federal de Catanduvas, interior do Paraná, em maio de 2017.

A Sintonia Final (cúpula do PCC) considerou que Marcola era inocente e determinou a exclusão dos outros três chefões do alto escalão da facção. Tiriça, Vida Loka e Andinho foram considerados “culpados por traição e calúnia”.

O racha foi seguido de uma série de assassinatos de integrantes da cúpula do PCC, entre eles Nefo e Ré. Eles foram mortos por aliados próximos de Marcola. Ocupavam cargos importantes na Sintonia Restrita, núcleo do qual se deriva a Restrita Tática.

Após a reestruturação da facção, o suposto líder da Restrita Tática, conhecido como Serginho Mijão, que está foragido, dividiu o grupo em três, sob a coordenação de Degola e outros dois do PCC. Eles são apontados como responsáveis pelo recrutamento de efetivo com experiência no manejo de armas de grosso calibre para o Novo Cangaço – ações sanguinárias que levam terror a pequenas cidades do interior durante assaltos a empresas de valores e bancos.

Os recrutados eram enviados à Bolívia, onde passavam por treinamento especializado, ministrado por mercenários estrangeiros, envolvendo o uso de armas automáticas e táticas militares avançadas, diz o MP.

Segundo a Promotoria, até há pouco tempo o paradeiro dos integrantes da Restrita Tática era desconhecido. Até que Degola foi localizado em Sorocaba.

A Promotoria rastreou endereços possivelmente usados por Degola para a preparação de ações. Esses endereços foram vasculhados nesta quarta, 11.

Ficha

Os investigadores dizem que Degola “tem vasto histórico criminal” e ganhou destaque no PCC durante ataques em massa da facção em 2006 que tiveram como alvo a polícia e o Ministério Público. Ele participou ativamente de motins em penitenciárias do interior de São Paulo, quando “teria recebido o apelido em razão do método que utilizava para matar seus desafetos”.

A ficha corrida atribuída a Degola é extensa. Os promotores dão destaque ao fato de ele ser apontado como um dos autores do “ousado homicídio” do criminoso conhecido como Mike Tayson e de Gigante, em 2023.

De acordo com as investigações, o plano de resgate de Marcola teria começado a ser planejado no final do ano passado, após uma reunião com Chacal, pessoa de confiança do chefão do PCC.

Em dezembro, Degola teria sido escalado para planejar e executar um atentado contra o promotor Lincoln Gakyia, do Ministério Público estadual.

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