Suspeito de sumir com aluna trans da Unesp vivia triângulo amoroso com PM da reserva


Por Agência Estado

O namorado de Carmen de Oliveira Alves, aluna da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que está desaparecida desde 12 de junho, vivia um triângulo amoroso com um policial militar da reserva.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Eles estão presos temporariamente e a reportagem não conseguiu localizar as defesas. A polícia acredita que Amorim tenha matado a jovem por conta do tempo que ela está desaparecida.

Segundo os investigadores, Carmen fez um dossiê contra o namorado, Marcos Yuri Amorim. O documento foi apagado no dia em que ela desapareceu em Ilha Solteira. A suspeita é de que o dossiê tenha relação com o desaparecimento de Carmen.

A polícia conseguiu acessar o notebook de Carmen e encontrou o documento que teria sido feito por ela, com uma lista de supostos crimes de Amorim. Ainda de acordo com a investigação, tais informações seriam usadas caso ele não quisesse assumir o relacionamento.

“A gente conseguiu apurar nas conversas com testemunhas, entre a vítima e as testemunhas, que havia uma pressão dela em relação ao Yuri para assumir o relacionamento deles, e ele não aceitava assumir. Naquele dia 12, era Dia dos Namorados, então acho que houve uma pressão grande e ele acabou fazendo o que fez”, afirmou o delegado da Polícia Civil Miguel Rocha a uma afiliada da TV Globo local.

A jovem foi vista pela última vez após sair do campus de Ilha Solteira da Unesp, onde estuda Zootecnia. De acordo com informações de colegas, Carmen fez uma prova e deixou a universidade em sua bicicleta elétrica.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram Carmen saindo da faculdade logo após as 10 horas e seguindo em direção à casa do rapaz.

O que diz a Unesp?

A Unesp diz que “a prisão temporária de dois suspeitos e a hipótese de feminicídio reforçam a gravidade da situação e mantêm toda a comunidade universitária na expectativa de que os fatos sejam plenamente esclarecidos”.

A universidade prestou solidariedade à família e aos amigos da estudante. “Estendemos nosso apoio à comunidade da unidade da Unesp, profundamente abalada por este momento de angústia e incerteza guiado pela investigação de feminicídio em curso, principal hipótese apurada pela polícia”, segue o texto. “Seguimos acompanhando o caso com muita apreensão”.

Como denunciar

A jovem tem aproximadamente 1,70 m de altura, cabelo preto cacheado, pele negra e olhos castanhos. Informações sobre Carmen que possam ajudar nas investigações podem ser enviadas para o e-mail imprensa@unesp.br ou para a polícia.

As informações são da Agência Estado.

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