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08 de dezembro de 2025

Tatuadora tem braço amputado após fazer lipoescultura em Goiás


Por Metrópoles, parceiro do GMC Online Publicado 23/06/2023 às 14h39
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Foto: Arquivo pessoal/Camila Gama

O sonho da cirurgia plástica acabou em pesadelo para a tatuadora goiana Camila Gama, 41 anos. A mulher, que vivia nos Estados Unidos há 8 anos, desembarcou em Goiânia, onde nasceu e foi criada, para fazer um procedimento estético, mas teve o braço direito amputado, acima do cotovelo, após complicações.

O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil. De acordo com a corporação, Camila passou por um exame de corpo de delito, e aguarda o laudo pericial. O crime denunciado foi de lesão corporal, mas ainda não há informações sobre qual profissional atendeu Camila e responderá pelo caso.

Sonho interrompido

Por meio das redes sociais, a tatuadora tem feito relatos sobre o que aconteceu. “Essa é a minha história. Sou @camyb.art, imigrante nos EUA há 8 anos, vim para o Brasil fazer uma cirurgia plástica e por conta de uma erro médico há um mês tive meu braço amputado. Não perdi somente uma parte do corpo, perdi minha carreira de tatuadora. Meu sonho agora é comprar uma prótese para o meu braço para eu poder voltar a tatuar, minha prótese custa R$ 600 mil”, conta.

De acordo com Camila, a cirurgia de lipoescultura ocorreu em 13 de março em um hospital particular na capital goiana e, cinco dias depois, ela começou a passar mal. A tatuadora foi diagnosticada com anemia e precisou tomar um medicamento na veia e, segundo ela, desenvolveu uma trombose por causa de um possível erro na aplicação do remédio, o que causou a amputação.

“Eu não posso apontar culpados, mas tudo começou depois do medicamento; Aquele médico [um anestesista que estava de plantão] pegou a veia que era perto da artéria e deixou cair resíduos do remédio nela”, disse a tatuadora ao portal à TV Anhanguera.

Negligência

Responsável pela defesa de Camila, o advogado Fabrício Póvoa fez uma representação criminal e registrou um boletim de ocorrência para apurar eventual erro médico ou conduta negligente. Segundo ele, a cliente conta que foi medicada com um anticoagulante, passado logo após a cirurgia plástica, que, de acordo com Camila, deveria ter sido receitado com 30 dias de antecedência.

Segundo a tatuadora, o médico que fez a cirurgia plástica ficou ao lado dela durante todo o processo, até na amputação, mesmo não sendo ele o responsável pelo procedimento. Ela conta que conheceu o profissional por meio de indicações de amigas e da família e fez todos os exames necessários antes da lipoescultura.

“Antes disso, eu não tinha nada. Fiz mais de oito cirurgias antes, até plástica. A minha família não tem histórico de trombose. Depois disso tudo, fiz 19 exames de trombose, e todos deram negativo. Um laudo sobre a mão amputada deu que a minha artéria estava destroçada por ‘algo desconhecido’”, detalhou à emissora.

De acordo com o relato da tatuadora, após a cirurgia, ela chegou a voltar para casa, mas passou mal e precisou retornar ao hospital. Ela foi diagnosticada com anemia e recebeu duas bolsas de sangue. Em seguida, voltou para casa. No entanto, continuou se sentindo mal e começou a perder os movimentos do corpo. Camila voltou para a unidade de saúde e foi atendida por um médico plantonista, que receitou um remédio à base de ferro.

“As enfermeiras furaram várias vezes e não conseguiram [achar a veia]. Desci para o centro cirúrgico e tinha um anestesista de plantão. Ele pegou a veia e começou o pesadelo. Começou a doer e, pouco tempo depois, a minha mão já tava toda preta, necrosada”, contou.

Para Camila, houve negligência por parte do hospital que fez a plástica. “Eu gritava de dor, minha mãe apertava o botãozinho, as enfermeiras não vinham, elas falavam que era normal sentir dor com esse medicamento, o hospital não teve um pingo de empatia. Eu pedia para tirarem, e elas falavam que era normal.”

Ao ver a situação da filha, a mãe de Camila mandou uma mensagem para o médico responsável pela plástica, que foi até o hospital acompanhado de um cirurgião cardiovascular e uma ambulância. A tatuadora foi transferida para outra unidade de saúde, onde fez duas cirurgias, mas disse que os médicos não sabiam mais o que fazer com o caso dela, e a família decidiu levá-la para uma terceira unidade de saúde.

Conduta sem falhas

Em nota, o hospital informou que se sensibiliza com o caso de Camila e que fez a melhor prestação de serviços. De acordo com a unidade de saúde, não houve falha no atendimento do médico anestesista que fez o acesso à veia de Camila nem da equipe de enfermagem que aplicou o remédio.

Ainda de acordo com o hospital, o estabelecimento não tem vínculo empregatício com o cirurgião plástico, “afastando qualquer responsabilidade objetiva da unidade hospitalar” e que o anestesista faz parte de uma empresa contratada pelo hospital. A unidade reforçou que está colaborando com as investigações e que a conduta do médico será analisada por autoridades oficiais.

Leia a reportagem completa em Metrópoles, parceiro do GMC Online.

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