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07 de dezembro de 2025

Três vítimas em menos de 24h em SP: duas mulheres são mortas pelos maridos e outra é agredida


Por Agência Estado Publicado 07/12/2025 às 20h31
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Duas mulheres foram mortas e uma foi agredida por atuais e ex-companheiros em 24h neste fim de semana na Grande São Paulo. As vítimas de feminicídio são Milena de Silva Lima, de 27 anos, e Daniele Guedes Antunes, de 38. Márcia Rosana Alves Pinto, de 43, sofreu agressão. Os casos refletem a espiral da violência contra a mulher e da brutalidade dos crimes.

Golpes de faca em Diadema

Milena foi morta a golpes de faca pelo ex-companheiro João Victor de Lima Fernandes, de 31 anos, em uma residência na Rua Yayá, no bairro Canhema, em Diadema, por volta das 22h15 de sábado, 6. O casal tinha um filho e estava separado há dois meses.

De acordo com o boletim de ocorrência, um vizinho ouviu o pedido de socorro da vítima e acionou a Polícia Militar. Quando a equipe chegou ao local, encontrou a mulher e o agressor, de 31 anos, mortos. A polícia confirmou que João matou Milena e, em seguida, tirou a própria vida.

O local foi periciado e a faca usada no crime foi apreendida. O caso foi registrado como feminicídio e suicídio no 3.º Distrito Policial do município.

Golpes de faca em Santo André

Daniele Guedes Antunes foi morta a golpes de faca pelo ex-marido Cristian Antunes dentro de uma residência na Rua Dias da Silva, no Jardim do Estádio, em Santo André, na Grande São Paulo, por volta das 8h15 deste domingo (7).

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica e, ao chegar ao local, encontrou Daniele caída no chão. Cristian, também de 38 anos, estava ao lado dela e confessou o crime. A mulher chegou a ser socorrida pelo Samu a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

A faca usada no crime foi apreendida. A perícia foi acionada e o caso foi registrado como feminicídio no 6.º Distrito Policial do município. O autor permanece preso à disposição da Justiça.

Agressão com pedaço de madeira

Antônio Pedro de Mendonça, de 75 anos, foi preso em flagrante após agredir a companheira Márcia Rosana Alves Pinto, de 43 anos, na manhã deste sábado, na Estrada do Alvarenga, no Balneário São Francisco, na zona sul de São Paulo.

A Polícia Militar foi acionada, encontrou a vítima com sangramento no rosto e iniciou buscas, localizando o autor nas imediações. A mulher foi levada à UPA Parque Dorotéia e, depois, transferida ao Pronto-Socorro Pedreira.

O suspeito confessou a agressão e afirmou ter usado um pedaço de madeira. Ele também apresentou escoriações leves e recebeu atendimento médico antes de ser conduzido ao distrito policial. A autoridade representou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio no 98.º Distrito Policial (Jardim Miriam).

O que diz o governo de SP

A Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) destaca que o enfrentamento à violência contra a mulher é prioridade do Governo de São Paulo.

De acordo com a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária de São Paulo, atualmente há 16.875 presos por crimes contra a dignidade sexual e 7.555 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha, lesão corporal e ameaça – sendo 7.410 homens.

Entre as ações em andamento, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) destaca a cabine lilás, que oferece acolhimento especializado às vítimas, com orientação sobre medidas protetivas e acionamento de viaturas quando necessário. O programa já realizou cerca de 15 mil atendimentos. O serviço, criado no Centro de Operações da Polícia Militar, foi ampliado para a capital, Grande São Paulo e diversas regiões do interior.

A SSP-SP também diz ter reforçado a estrutura das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM), que hoje somam 142 unidades. As salas DDM 24h foram ampliadas: são 170, permitindo atendimento remoto por delegadas mulheres em plantões policiais.

Além disso, as delegacias tiveram incremento de efetivo com 473 novos policiais e expansão das vagas da diária especial por jornada extraordinária de trabalho policial, para atendimento na DDM online.

A pasta ainda ressalta o aplicativo SP Mulher Segura, que permite o registro de boletim de ocorrência e possui botão de pânico para pedidos de ajuda. Também cita o tornozelamento eletrônico de autores de violência doméstica, que atualmente monitora 200 infratores, dos quais 98 já foram presos por descumprimento de medidas impostas pelo Judiciário.

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