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22 de novembro de 2024

Venda de atum enlatado é suspensa pela Anvisa: veja outros alimentos de marcas famosas que já foram proibidos


Por Redação GMC Online, com Agência Estado Publicado 21/08/2023 às 10h01
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A lista de alimentos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aumentou. Isso porque a proibiu a comercialização, a distribuição e o uso de um lote de atum ralado fabricado pela marca Cellier, após relatos de intoxicação alimentar. Além disso, a Anvisa também determinou o recolhimento do produto nos mercados.

Foto: Anvisa

Trata-se de um lote fabricado em 8 de maio deste ano, com validade até 8 de maio de 2025. A medida foi publicada na edição de sexta-feira, 18, do Diário Oficial da União.

Em comunicado, a Anvisa informou ter recebido relato do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP) sobre a ocorrência de surto com sintomas compatíveis com intoxicação alimentar por histamina, nos Centros de Educação Infantil (CEIs) de Campinas. Isso teria ocorrido no final de julho.

A contaminação do produto com histamina acima dos limites tolerados pela legislação sanitária foi confirmada por exame laboratorial, segundo a Anvisa.

A Anvisa explicou que a histamina é uma substância que pode se formar após a morte de pescados, quando as condições de manuseio e armazenamento são inadequadas. A substância não é eliminada com o tratamento térmico, como o cozimento, durante a fabricação do produto final – no caso, o atum enlatado. Peixes podem conter níveis tóxicos da substância sem apresentar sinais.

O consumo desse alimento contaminado pode causar dormência, formigamento e sensação de queimação na boca, erupções cutâneas no tronco superior, queda de pressão, dor de cabeça e coceira na pele, podendo evoluir para náusea, vômito e diarreia. A doença geralmente é leve e os sintomas desaparecem em poucas horas. Idosos e pessoas com problemas de saúde, porém, podem ter sintomas mais graves.

Outros alimentos de marcas famosas que já foram proibidos pela Anvisa

Não é a primeira vez que produtos de marcas famosas são barrados pela Anvisa pode conterem irregularidades. Veja a lista abaixo:

Natville

Em junho deste ano, a Anvisa suspendeu a venda, distribuição e uso de dois tipos de leite e do soro de leite em pó da marca Natville. Uma inspeção do órgão constatou que a empresa não possuía autorização para fabricação dos produtos, além de eles terem sido produzidos sem as devidas normas de higiene e segurança. De acordo com a Anvisa, técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) constataram que os leites do tipo UHT integral e UHT desnatado, na embalagem de um litro, além do soro de leite em pó parcialmente desmineralizado 40% (embalagem de 25 kg), foram produzidos “sem as devidas condições de higiene e sem a realização de controles que garantam sua qualidade e segurança”.

Fugini

A Anvisa suspendeu no dia 29 de março a fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os alimentos da marca Fugini. De acordo com a Anvisa, a medida é preventiva e tomada após a realização de inspeção sanitária na fábrica paulista. Sendo assim, foram identificadas falhas graves de boas práticas de fabricação relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros. Conforme a Anvisa, essas falhas podem impactar na qualidade e segurança do produto final. À época, a Anvisa ainda fez o recolhimento de lotes da maionese por uso de matéria-prima vencida. “Alimentos vencidos, incluindo suas matérias-primas, são considerados impróprios para o consumo, conforme Código de Defesa do Consumidor, e a sua exposição à venda ou ao consumo é considerada infração sanitária. Assim, o recolhimento de alimentos visa retirar do mercado produtos que representem risco ou agravo à saúde do consumidor”, informa a Anvisa.

Chocolate Garoto

Garoto anunciou o recolhimento voluntário dois lotes de chocolates da marca. “O procedimento de recolhimento foi iniciado pela empresa, tendo em vista a constatação de avaria em um dos equipamentos de produção da fábrica com risco de conter pequenos fragmentos de vidro em produtos dos lotes mencionados, podendo causar lesões na boca ou mucosas”. Segundo a agência, dois lotes das barras de chocolate ao leite “Castanhas de Caju” e “Castanhas de Caju e Uvas Passas”, ambas de 80g, podiam conter fragmentos de vidro após problemas nos equipamentos de produção nas fábricas dos alimentos. São eles os lotes 225212941G e o 225312941G. Não há restrição às demais unidades e aos outros produtos da marca.

Sorvetes da Häagen-Dazs

Em agosto do ano passado, a Anvisa determinou o processo de recolhimento de uma série de produtos da marca Häagen-Dazs com a validade entre 16/5/2023 e 29/6/2023. Além disso, a agência proibiu a importação, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos. O procedimento foi parte de um esforço em âmbito mundial depois que foi identificada a substância 2-cloroetanol (2-CE) no ingrediente utilizado na fabricação do sorvete para conferir o sabor baunilha. A Anvisa explicou na época que os impactos na saúde da substância ainda não são totalmente conhecidos, não sendo possível “descartar a sua genotoxicidade, ou seja, a possibilidade de causar alterações no material genético”. Veja a lista dos produtos suspensos:

  • Pote de sorvete Häagen-Dazs Belgian Chocolate – sorvete de chocolate com pedaços de chocolate (473 mL).
  • Copinho de sorvete Häagen-Dazs Macadamia Nut Brittle – sorvete sabor baunilha com macadâmia crocante (100 mL).
  • Pote de sorvete Häagen-Dazs Macadamia Nut Brittle – sorvete sabor baunilha com macadâmia crocante (473 mL).
  • Picolé Häagen-Dazs Vanilla Caramel Almond – sorvete sabor baunilha com calda de caramelo salgado e cobertura de chocolate ao leite com amêndoas 70 g (80 mL).
  • Picolé Häagen-Dazs Cookies & Cream – sorvete sabor baunilha com pedaços de biscoito 70 g (80 mL).

Chocolate Elite

Em maio de 2022, a Anvisa publicou a Resolução-RE 1.558, que proibia o comércio, a distribuição, a importação e o uso, e determina o recolhimento dos chocolates da marca Elite. A medida se aplicava a todos os lotes do produto e foi motivada por alerta internacional de recolhimento por possível contaminação por Salmonella.

Chocolate Kinder

Em abril do ano passado, diante do registro de dezenas de casos de salmonela causada por chocolates Kinder no Reino Unido, o Ministério da Justiça e Segurança Pública notificou a fabricante Ferrero do Brasil. Por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), a pasta determinou que a Ferrero do Brasil fizesse o recall do chocolate Kinder. Entretanto, os produtos nunca chegaram a ser comercializados no Brasil.

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