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16 de dezembro de 2025

Você sabe o que pode e o que é proibido na alimentação de bebês?


Por Matheus Hernandes Publicado 15/06/2020 às 12h31 Atualizado 24/02/2023 às 06h09
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Foto: Ilustrativa/Life is Fantastic/Unsplash

A alimentação de bebês é extremamente importante, já que ela vai ajudar no desenvolvimento da criança. Por isso, é necessário saber o que pode e, principalmente, o que não pode ser ingerido.

A reportagem do GMC Online conversou com a nutricionista Tassia Camila de Queiroz Martins a fim de entender melhor sobre a alimentação de bebês até os dois anos de vida.

Leite Materno

O primeiro ponto e mais fundamental ponto citado pela nutricionista foi a ingestão do leite materno. Segundo ela, este é o melhor alimento que o bebê pode receber, exclusivamente, entre o seu nascimento e até os seis meses.

Ele contém todos os nutrientes que o bebê precisa, toda composição energética, de macronutrientes como proteínas, carboidratos e lipídios, além de vitaminas, minerais e hidratação. Sim, o leite materno é rico em água, ressalta Tassia.

Além disso, o leite materno possui algo que a indústria não consegue copiar: os anticorpos.

“Isso faz com que o bebê fique mais protegido contra algumas doenças infecciosas, gastrointestinais, gastroenterites e de modulação intestinal. Então o leito é muito completo”, acrescenta.

A fórmula infantil, um substituto do leite materno desenvolvido industrialmente, é um leite de vaca modificado. No entanto, a fórmula não vai garantir imunidade proporcionada pelo leite materno.

Até os seis meses de vida, o bebê não precisa nenhum outro tipo de alimento como papinhas, chás, ou água. Quando o aleitamento materno não é possível, ele é substituído pela fórmula infantil.

Foto: Ilustrativa/Public Domain Pictures/Pixabay

Após os 6 meses

“Essa é a idade ideal para que o bebê comece a se alimentar e, desde o início, podem ser oferecidos todos os grupos alimentares considerados saudáveis e nutritivos, são eles: raízes e cereais, legumes e leguminosas, carnes e ovos, peixes, frutas e hortaliças”, explica a nutricionista.

A alimentação deve ser distribuída em três partes. No primeiro mês da introdução alimentar, do 6º ao 7º mês, o bebê pode comer uma fruta no café da manhã, um almoço com os componentes dos grupos alimentares saudáveis e nutritivos e no café da tarde, outra fruta pode ser ingerida.

A partir do 7º mês em diante, a janta já pode ser incluída e, assim, sucessivamente com a alimentação do bebê já vai se dando forma como a dos adultos.

O aleitamento materno deve ser continuado dos seis meses até os dois anos, já que continua garantindo os nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Segundo a nutricionista, na maioria dos casos, os bebês se alimentam muito pouco de comida dos seis aos 12 meses de vida.

“Depois de um ano, ele já começa a mamar um menos, porque vai entendendo que a comida também mata a fome dele, […] ele já vai diminuindo mais ainda é muito importante. Para se ter uma ideia, 95% da vitamina C que o bebê precisa receber está no leita materno”, afirma Tassia.

Foto: Ilustrativa/Yale Health/Pixabay

Alimentos proibidos

“Do 6º mês até os 12 meses, não pode então o sal, açúcar, alimentos industrializados, ultraprocessados muito menos, sucos também não podem”.

Sucos

O suco causa polêmica. Isso porque a recomendação de proibir o seu consumo pelo bebê ainda é recente. A nutricionista diz que essa “proibição” está associada com o desenvolvimento de obesidade futura, sobrepeso, diabetes e outras doenças. Isso acontece porque o suco é ingerido em maior quantidade do quando você dá uma fruta pro bebê. 

“Além de ele perder as fibras, porque quando a fruta é espremida, na hora de se processar um suco, de fazer um suco, ele perde todas as fibras, isso também ajuda a liberar mais frutose da fruta. Quando isso cai na corrente sanguínea do bebê, ela vai com uma intensidade muito rápida, então é muito açúcar da frutose entrando no organismo do bebê que ainda é tão sensível e imaturo para receber uma quantidade de glicose tão alta, sendo que a insulina dá conta disso tudo”.

Tassia diz que já foram feitos vários estudos sobre o tema e que esta é a nova recomendação presente tanto no Manual de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, quanto no Guia do Ministério da Saúde para menores de dois anos.

Foto: Ilustrativa/Steve Buissinne/Pixabay

Açúcar

“O bebê ainda não consegue também, processar isso, visto que se nem o suco pode, imagina os açúcares. Eles não são recomendados até os dois anos, justamente por também atrapalhar o paladar do bebê que é formado durante esses dois primeiros anos de vida”.

A questão do paladar também é um dos fatos que reforça a necessidade da ingestão de alimentos naturais, voltado para uma alimentação saudável.

Segundo a nutricionista, o ser humano já nasce com a preferência ao sabor doce, então é muito fácil dos bebês gostarem, caso seja oferecido a eles qualquer tipo de alimento açucarado, podendo prejudicar o interesse por outros alimentos.

Alimentos Industrializados

“Eles têm muitos conservantes, muitos edulcorantes, emulsificantes, vários produtos químicos que o organismo do bebê ainda não está apto pra receber esse tipo de alimento”, aleta Tassia.

As substâncias podem ser muito prejudiciais à saúde do bebê. Estão inclusos, enlatados, embutidos, alimentos de pacotes, bolachas, biscoitos, tudo é proibido. “Refrigerantes também são proibidos até os dois anos de idade, visto que tem muito açúcar, muitos conservantes também”, complementa.

Sal

Ele é proibido até os 12 meses. Há uma recomendação de 2019 do Ministério da Saúde que fala que pode adicionar um pouquinho de sal na alimentação dele. Contudo, a nutricionista adverte:

“Quando a gente olha os dados, sabemos que os brasileiros tem o costume de ingerir sal além da quantidade recomendada para nós adultos. Então eu, na minha posição, como profissional, ainda digo que é melhor esperar ter um ano para o bebê poder ingerir sal, visto que já existe uma quantidade de sódio intrínseca dos próprios alimentos que o bebê já vai estar ingerindo uma quantidade natural dos próprios alimentos”.

Mel

A proibição vai até os dois anos. Tassia diz que se for consumido antes e que o mel estiver contaminado com uma bactéria chamada Clostridium botulinum, pode ser fatal para a criança. 

“Todo o sistema gástrico e intestinal do bebê não dá conta de combater essa bactéria, então é muito perigoso. Depois do primeiro ano de vida, ainda continua não sendo recomendado, por mais que o sistema imune do bebê já esteja mais fortificado”.

Além disso, é um alimento que tem um alto potencial de açúcar, em níveis de glicose, para um bebê receber.

Foto: Ilustrativa/Steve Buissinne/Pixabay

Leite de Vaca

Ele não é recomendado no primeiro ano de vida, já que até o aleitamento materno, ou por fórmula infantil, quando necessário, deve ser feito exclusivamente até os seis meses e junto com a introdução alimentar até os 12 meses.

“O leite de vaca não compõe todos os nutrientes. Ele é pobre em ferro, então o pouco de ferro que ele tem não é absorvido bem no organismo do bebê. Ele tem uma quantidade de sódio muito alta, de proteínas, então não é interessante para o bebê consumir. Ele é considerado um alimento pesado para o organismo do bebê”, relata Tassia.

Segundo a nutricionista, a mãe que não tem condições de amamentar, ou de dar a fórmula infantil, e acaba por optar pelo leite de vaca, deve ter um acompanhamento mais de perto do bebê. Isso é importante para ver se wlw está recebendo todas as vitaminas e alimentação após os seis meses.

“Depois do primeiro ano de vida, o bebê pode estar recebendo o leite de vaca. A mãe pode trocar, não tem problema. Mas se ela ainda puder continuar com a fórmula infantil, seria o mais ideal visto que ele ser mais completo e mais parecido com o leite materno. Entre o 1º e o 2º ano, ainda é interessante que o bebê receba todas as vitaminas, minerais e todos os nutrientes essenciais”, finaliza a nutricionista.

Foto: Ilustrativa/Tung/Pixabay

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