11 de agosto de 2025

Haddad: se cada Poder usar prerrogativa para ampliar gasto, haverá dificuldade de cumprir meta


Por Agência Estado Publicado 08/07/2025 às 10h14
Ouvir: 02:36

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 8, que a equipe econômica está exigindo medidas para atingir a meta fiscal este ano. Ele reiterou que essa é uma responsabilidade compartilhada pelos três Poderes e avaliou que, se cada um usar suas prerrogativas para ampliar despesas e não contribuir com a redução dos gastos tributários, será difícil cumprir a meta.

Questionado sobre a possibilidade de novos cortes em despesas para atingir a meta, Haddad respondeu que é preciso aguardar o próximo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado no dia 22 de julho. No entanto, ponderou que a arrecadação veio acima do projetado, o que pode trazer algum conforto.

“A arrecadação no terceiro trimestre veio bem, independentemente de hoje. Veio bem imposto de renda, contribuição social. Ela veio acima do projetado pela Receita Federal, então isso traz algum conforto. Mas nós estamos ainda exigindo medidas para cumprir a meta deste ano”, disse Haddad.

“De novo, é uma tarefa dos três Poderes cumprir a meta do ano. Se cada Poder for usar das suas prerrogativas para ampliar o gasto, não conter o gasto e não contribuir para o corte de gasto tributário – que no Brasil chegou a patamares absurdos -, nós vamos ter mais dificuldade de cumprir a meta”, emendou. Ele ponderou, por outro lado, que a equipe econômica “está dentro do cronograma”.

Conciliação do IOF

O ministro afirmou ainda que a Fazenda está preparando todos os documentos para comprovar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que o decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) visava evitar planejamento tributário e evasão fiscal.

“Nós vamos comprovar para o ministro Alexandre que nós estamos evitando planejamento tributário, elisão fiscal, evasão fiscal, porque nós atingimos patamares absurdos. São R$ 800 bilhões que estão favorecendo determinados grupos econômicos em detrimento do empresariado nacional. Porque toda vez que você favorece um grupo econômico, você compromete as metas fiscais, a taxa de juros fica alta, prejudica o País inteiro”, avaliou.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Orsted planeja emissão de direitos de US$ 9,4 bilhões


A dinamarquesa de energia renovável Orsted interrompeu os planos de vender uma participação em um projeto eólico offshore nos EUA…


A dinamarquesa de energia renovável Orsted interrompeu os planos de vender uma participação em um projeto eólico offshore nos EUA…

Economia

OMC confirma queixa formal do Brasil contra tarifaço de Trump


O Brasil protocolou pedido de consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as medidas tarifárias do presidente norte-americano, Donald…


O Brasil protocolou pedido de consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as medidas tarifárias do presidente norte-americano, Donald…

Economia

Ibovespa opera com leve baixa em dia de correções e à espera de dados da semana


O Índice Bovespa registra oscilações contidas na manhã desta segunda-feira, 11, com predominância de um leve viés negativo. Com baixa…


O Índice Bovespa registra oscilações contidas na manhã desta segunda-feira, 11, com predominância de um leve viés negativo. Com baixa…