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24 de novembro de 2024

Macron reforça compromisso com agricultura francesa em meio a protestos por acordo UE-Mercosul


Por Agência Estado Publicado 24/11/2024 às 14h06
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O presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou neste domingo, 24, na rede social X (antigo Twitter) o seu compromisso com a agricultura francesa na última semana em que esteve na América do Sul, para a cúpula do G-20.

Na postagem, Macron disse: “Uma semana na América do Sul para defender a nossa agricultura, agir pelo clima e lutar contra as desigualdades, mobilizar-se pela paz e segurança para todos… ao mesmo tempo!”.

No vídeo compartilhado no X, Macron diz que a França não vai assinar o acordo com o Mercosul. Ele afirma que o presidente da Argentina, Javier Milei, disse não estar satisfeito com o acordo e com a funcionamento do bloco econômico sul-americano. “Para a Argentina, será muito ruim para sua reindustrialização, e para nós, será muito ruim para nossa agricultura”, afirmou o presidente francês.

O tweet foi publicado em meio a protestos de agricultores franceses contra o acordo UE-Mercosul que, segundo eles, beneficiaria produtores dos países integrantes do Mercosul, como o Brasil. Na última semana, o grupo Carrefour anunciou que deixaria de importar carnes brasileiras.

Bompard afirmou que a decisão foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que têm protestado contra a proposta de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Os atos de protesto, organizados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA) e pelos Jovens Agricultores (JA), começaram na última segunda-feira, 18, com bloqueios de rodovias e outras manifestações.

Em repúdio, frigoríficos brasileiros pararam de fornecer carnes ao grupo francês. A interrupção no fornecimento já atinge 150 lojas da rede no Brasil e a estimativa do mercado é de que em até três dias haja desabastecimento total dos supermercados do grupo já que se trata de mercadoria resfriada e/ou congelada. Procurado, o Carrefour Brasil negou desabastecimento, mas não se manifestou sobre a suspensão das entregas.

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