A rotina de Marilúcia de Souza Brito, 52 anos, não é nada fácil. A diarista passa o dia cuidando da filha Michelle de Souza Brito, 32 anos, que foi brutalmente espancada durante um churrasco em Paiçandu, no dia 7 de setembro de 2019.
O principal suspeito é o ex-namorado da vítima, Whebher de Oliveira Simão, que está foragido da justiça há nove meses. A mãe de Michelle teme pela vida dela, da filha que está acamada, e da neta, de 14 anos, filha de Michelle de outro relacionamento.
“Tem dias que dá medo até de sair de casa. Esse homem tá solto ainda e a gente fica preocupada. Minha filha não sabe quem eu sou, não mexe as pernas e não interage nada com a gente. Ele bateu tanto nela que destruiu a vida da minha filha”, disse a mãe da vítima.
Marilúcia teve que largar a profissão de diarista para cuidar exclusivamente da filha e da neta. Familiares, vizinhos e moradores de Paiçandu é que ajudam a diarista a se manter firme e forte diante de uma situação tão trágica.
“Tem dias que eu acho que estou num pesadelo e que quando eu acordar tudo isso vai passar. A gente queria que ele fosse preso logo. Não é justo que ele faça outras vítimas”, comentou Marilúcia de Souza Brito.
Investigação
A Polícia Civil de Paiçandu pediu a prisão de Whebher de Oliveira Simão, ex-namorado de Michelle, logo após o crime. No entanto, a prisão nunca ocorreu. Os investigadores fizeram algumas buscas, mas não encontraram o suspeito.
Em março deste ano, Simão, teria participado de um assalto em Floriano, distrito de Maringá. Os criminosos invadiram uma casa fortemente armados, trancaram os moradores em um dos cômodos e fugiram levando dinheiro e veículos da família. O suspeito foi reconhecido pelas vítimas.
A Polícia Civil de Maringá indiciou Whebher de Oliveira Simão pelo crime de roubo agravado com restrição de liberdade das vítimas e uso de arma de fogo. Mas ele ainda não foi localizado e preso.
A reportagem está tentando falar com o delegado de Paiçandu para saber como anda a investigação sobre o caso.
Polícia continua procurando o suspeito
O delegado que investiga o caso em Paiçandu, Mateus Ganzer, disse que não há novidades sobre o paradeiro de Whebher de Oliveira Simão, mas que as equipes continuam as buscas.
“Por diversas vezes tínhamos.informações de onde ele estava, porém essas informações vazaram para imprensa e ele conseguiu fugir. Estamos em diligências constantes para localizá-lo, porém ele está assessorado por advogado que já falou que não irá entregá-lo”, disse o delegado.
Denúncias anônimas
A Polícia Civil aceita denúncias anônimas sobre o paradeiro de Whebher de Oliveira Simão. É possível enviar uma mensagem de WhatsApp ou ligar para o telefone (44) 99755-5953. Os investigadores vão manter suas informações em sigilo.