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05 de maio de 2024

O maior cliente é mau pagador


Por Gilson Aguiar Publicado 30/08/2019 às 13h30 Atualizado 24/02/2023 às 01h56
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O poder público é para muitas empresas o principal cliente. Na economia ele tem um papel decisivo como comprador de produtos e serviços, como um dos principais empregadores. O efeito de uma empresa estatal é intenso e extenso na economia. Não por acaso, muitas empresas enriqueceram na esteira de trabalhar para o poder público.

Na Operação Lava-Jato há a comprovação da dimensão das empreiteiras e sua relação com o poder público. A quantidade de recursos envolvidos e a forma como se beneficia certas empresas. Um clube de grande empreiteiras dominavam as principais obras públicas e garantiam a representantes públicos acesso a recursos para enriquecimento pessoal e financiamento de campanha.

Agora, com os efeitos da crise econômica e da Operação Lava-Jato as grandes empreiteiras estão proibidas de participarem de licitações. Algumas, como a Odebrecht já mudou até o nome para estar presente na disputa para execução de empreendimentos estatais. Em Curitiba a empresa venceu uma licitação com o nome OEA.

Na contramão da transparência há também a falência do estado. Os poderes públicos federal, estaduais e municipais, não de forma genérica, mas predominante, se encontra em crise. Falta recursos. Há atrasos no pagamento de obras. Esta condição afasta empresas privadas de participarem de licitações. Em especial as que não tem capital de giro, recursos, para poder manter a execução de uma obra enquanto não há pagamento por parte do poder público.

Logo, os grandes se saem melhor e ficam com o filão mais graúdo dos recursos públicos. Eles acabam manipulando os preços das obras e os contratos. Alterações nos valores de execução são comuns, alguns excessivos. Os mecanismos burocráticos também podem ser manipulados e levar ao direcionamento do contrato para benefícios ilícitos.

Não podemos esquecer que a relação entre empresas privadas e o poder público vem de longa data. Em uma economia onde o Estado tem a influência determinante na economia, uma interferência excessiva, e uma conduta viciada e ilegal, acaba por deturpar a lógica de mercado e favorecer a estagnação, o monopólio, o clientelismo, os excessos e desvios dos recursos públicos.

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