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21 de novembro de 2024

ONG de apoio emocional e prevenção ao suicídio precisa de voluntários


Por Nailena Faian Publicado 08/02/2019 às 16h20 Atualizado 19/02/2023 às 23h03
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O Centro de Valorização da Vida (CVV) de Maringá está precisando de voluntários. A instituição presta serviço gratuito de apoio emocional e de prevenção ao suicídio. O atendimento é feito pelo telefone 188 sob total sigilo e anonimato.

Hoje o CVV conta com 30 voluntários, mas somente 18 são plantonistas que atendem ligações de pessoas de todo o Brasil que precisam de ajuda. São quatro horas semanais de plantão e o voluntário escolhe o dia que tem disponibilidade. Basta ter acima de 18 anos e participar de um curso preparatório.

Por dia, o Centro de Valorização da Vida recebe cerca de 9 mil ligações no país. Por plantão, a unidade de Maringá recebe, em média, de 18 a 25 ligações. O período de maior fluxo de chamados é das 22h às 3h e também aos fins de semana, conta a vice-coordenadora do CVV de Maringá, Vanessa Souza Santos, de 37 anos.

Ela trabalha com projetos sociais no Sesi, mas, nas horas vagas, dedica parte do tempo ao CVV. “Já atendi vários casos extremos, de pessoas pensando em suicídio efetivo. Mas, a maioria das ligações, é de pessoas que têm algum sofrimento emocional, algum problema no emprego, no relacionamento, pessoas que não têm com quem conversar, que estão em depressão, tristes e solitárias”, descreve.

Vanessa explica que a filosofia do CVV é baseada no acolhimento e em não julgar quem está do outro lado da linha. “A gente recebe ligação de quem sofreu abuso, por exemplo, e também do abusador. Não importa o histórico de vida da pessoa. A gente acredita que quando ela está com problema, talvez seja algo da cabeça dela, mas, conversando, ela organiza os pensamentos e começa a pensar em soluções. A gente não palpita, não orienta ela a fazer algo, a gente conversa, acalma, para que ela própria crie soluções para seus problemas.”

A voluntária, que está no CVV desde sua fundação na cidade, em 2016, diz que o tempo de ligação depende de cada caso. Ela, por exemplo, já chegou a ficar 2h30 em um atendimento.

A linha 188 chega a ter fila de espera de tanta demanda. A espera, às vezes, chega a ser de quase uma hora. Só que a dor e o sofrimento não podem aguardar. Por isso, o CVV faz um apelo e pede que os interessados em ser voluntários entrem em contato.

Aqui em Maringá, um treinamento terá início na próxima quinta-feira (14). Interessados podem entrar em contato pelo (44) 99944-2189.

Histórico

Em Maringá, o CVV existe desde 2016. No começo, o número de atendimento era o 141 e, em todo o Brasil, eram recebidas cerca de 2 milhões de ligações por ano. Na época, a pessoa pagava o custo de uma ligação local e essa ligação não ia para qualquer lugar do Brasil, somente para unidades da região em que morava.

Desde o ano passado, a instituição mudou de número e passou a atender pelo 188, cuja ligação se tornou gratuita. Por outro lado, as despesas das unidades do CVV aumentaram com a mudança.

Para se adequar à nova forma de atendimento, era preciso comprar um aparelho de telefone específico, que custava mais de R$ 2 mil, instalar internet, além de outras despesas. Por conta disso, o CVV de Maringá não conseguiu realizar atendimento no primeiro semestre de 2018. Somente a partir de agosto que a unidade voltou a funcionar, quando foram angariados recursos para custear as mudanças.

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