Anticiclone: Entenda o fenômeno que fez o Paraná ter dia mais frio do ano e saiba se vai esfriar ainda mais


Por Redação GMC Online

O Paraná registrou nesta terça-feira, 13, o dia mais frio de 2024, com -5,3°C em General Carneiro, além de sensação térmica de -9,2°C. Em vários municípios as temperaturas foram as menores do ano, como no caso de Curitiba, que teve mínima de 1,4°C, chegando à máxima a 12°C. Veja a lista de mínimas AQUI . É o que aponta o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). E as baixas temperaturas estão relacionadas a um fenômeno chamado anticiclone, que atua sobre o Estado.

Foto: Ana Tigrinho/AEN

Temperaturas negativas foram observadas principalmente nas cidades mais ao Sul do Estado. Os cinco municípios que apresentaram as menores temperaturas foram General Carneiro, na região Sul (-5,3°C); Palmas, no Sudoeste, (-3,6°C); São Mateus do Sul, também no Sul (-3,4°C); Castro, nos Campos Gerais (-2,8°C); e Pinhão, no Centro-Sul (-2,6°C). Quinze cidades, entre as 57 com estações, registraram temperaturas abaixo de zero no Paraná. No começo da manhã a temperatura mais alta foi registrada em Paranaguá: 8,6°C.

De acordo com o meteorologista William Max de Oliveira Romão, do Simepar, a queda drástica dos termômetros nesta semana tem relação com um fenômeno climático específico. “Atualmente, nós temos um anticiclone passando por cima do Paraná. É uma massa de ar de alta pressão que joga o ar frio de níveis mais altos da atmosfera para a superfície. Assim, as temperaturas ficam mais baixas por conta da retenção desse ar”, destaca.

Anticiclone se despede: Como fica o tempo no Paraná nos próximos dias?

O Simepar também aponta que essa pressão do ar se afastará do continente a partir desta quinta-feira, 15, dando espaço para a entrada de um sistema de baixa pressão, fazendo com que as temperaturas se elevem gradualmente.

Para os próximos dias, a previsão é que no Litoral, na Região Metropolitana de Curitiba e no Leste do Paraná as temperaturas fiquem com mínima de 7°C e máxima de 24°C. Já no Sul, a mínima será de 10°C e a máxima de 24°C, enquanto no Sudoeste de 13°C e 25°C, respectivamente. Mais ao norte do Estado, a mínima será de 11°C e a máxima baterá os 33°C. No Noroeste, a mínima fica em 14°C e a máxima em 30°C, e o Norte Pioneiro terá mínima de 10°C e máxima de 29°C.

Antes dos termômetros subirem, entretanto, há previsão de geada. Nesta quarta (14), o fenômeno ocorrerá com mais intensidade em Guarapuava, no Centro do Estado, Palmas e Pato Branco, no Sudoeste, e em União da Vitória, no Sul. Ela deve ocorrer de forma moderada em Curitiba e Região Metropolitana, Lapa, Jaguariaíva, Ponta Grossa e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, em Cascavel, na região Oeste, e em Palmital, na região Central. Já na quinta-feira, o fenômeno será mais brando, com possibilidade de geada apenas na Lapa e União da Vitória.

Veja abaixo como fica o tempo nos próximos dias

Previsão to tempo para terça, 13. Foto: Simepar
Previsão to tempo para quarta, 14. Foto: Simepar
Previsão to tempo para quinta, 15. Foto: Simepar
Previsão to tempo para sexta, 16. Foto: Simepar

Alerta geada

O Simepar disponibiliza também, até o final do inverno, previsões de geadas para todas as regiões por categorias de intensidade (fraca, moderada ou forte) com antecedência de até 72 horas. Avisos são lançados no serviço Alerta Geada, mantido em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e disponível nos seguintes canais: aplicativo IDR Clima, site do IDR-Paraná e pelo telefone (43) 3391-4500 (WhatsApp).

De acordo com o IDR-Paraná, no caso de geadas é recomendável a proteção das lavouras passíveis de cuidados preventivos no campo e nos viveiros. Os cafeeiros até dois anos devem ser protegidos com palhada (mistura de palha e farelo) ou terra. Os canteiros e estufas de hortaliças em geral necessitam de aquecimento, irrigação ou cobertura. Também devem ser protegidas as mudas recém-plantadas de frutíferas e espécies florestais tropicais. Em caso de forte resfriamento, as granjas de aves e suínos também precisam ser aquecidas.

Com informações da AEN

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