Os lotes de sete tipos de balas da marca Dori, suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são fabricadas na unidade de Rolândia, no Paraná. A Anvisa proibiu a comercialização po suspeita de contaminação por Salmonella Muenchen.
A proibição foi publicada no Diário Oficial da União e a Dori Alimentos informou já iniciou o recolhimento voluntário dos produtos, que foram fabricados entre 21 de junho e 10 de julho deste ano.
A empresa orientou os consumidores a não consumirem as balas e, caso já as tenham adquirido, a entrarem em contato pelo telefone 0800 707 4077, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h, ou pelo e-mail sac@dori.com.br. Além disso, a Dori informou que os pontos de venda e varejistas foram instruídos a suspender imediatamente a comercialização dos produtos afetados.
Confira a lista de produtos e lotes de balas da marca Dori proibidos pela Anvisa
- Bala Morango Recheada de Polpa Natural: (PRD 080724, PRD 090724 e PRD 100724, válidos até 08/07/2026, 09/07/2026 e 10/07/2026);
- Dori Regaliz Tijolo: (185 03072024, PRD 186 04072024 e PRD 187 05072024, válidos até 03/11/2025, 04/11/2025 e 05/11/2025);
- Bala Yogurte100 Morango: (PRD 030724, PRD 040724, PRD 050724, PRD 090724, PRD 010724 e PRD 020724, válidos até 03/07/2026, 04/07/2026, 05/07/2026, 09/07/2026, 01/07/2026 e 02/07/2026);
- Bala Lua Cheia Chantilly (PRD 020724, PRD 030724 e PRD 040724, válidos até 02/07/2026, 03/07/2026 e 04/07/2026);
- Bala Bolete Tutti Frutti (PRD 250624, PRD 270624, PRD 280624, PRD 010724, PRD 020724 e PRD 030724, válidos até 25/06/2026, 27/06/2026, 28/06/2026, 01/07/2026, 02/07/2026 e 03/07/2026);
- Bala Hortelã Mint Recheada Tipo Cestinha: (PRD 210624, PRD 240624 e PRD 250624, válidos até 21/06/2026, 24/06/2026 e 25/06/2026);
- Bala Hortelã Mint (PRD 050724, PRD 080724, PRD 240624, PRD 260624, PRD 270624 e PRD 280624, 05/07/2026, 08/07/2026, 24/06/2026, 26/06/2026, 27/06/2026 e 28/06/2026).
Quais os riscos da salmonella?
A salmonella, também conhecida como salmonelose, é uma bactéria da família das Enterobacteriaceae que pode causar intoxicação alimentar e, em casos raros, levar a infecções graves e até à morte. Essa bactéria possui duas espécies principais que afetam os seres humanos: Salmonella enterica e Salmonella bongori. A Salmonella enterica é a mais relevante para a saúde pública e é dividida em seis subespécies: S. enterica subsp. enterica, S. enterica subsp. salamae, S. enterica subsp. arizonae, S. enterica subsp. diarizonae, S. enterica subsp. houtenae e S. enterica subsp. indica.
A transmissão da salmonella ocorre principalmente pela ingestão de alimentos contaminados com fezes de animais infectados. A bactéria é comumente encontrada em animais como galinhas, porcos, répteis, anfíbios, vacas e até mesmo em animais domésticos, como cães e gatos. Assim, alimentos provenientes desses animais ou que tenham tido contato com suas fezes podem ser fontes de infecção. A Salmonella pode causar dois tipos de doenças: a salmonelose não-tifóide e a febre tifóide, dependendo do sorotipo envolvido.
Os sintomas da infecção por Salmonella, que são semelhantes a outros problemas gastrointestinais, são confirmados por meio de exames de sangue e fezes, além da avaliação clínica feita por um médico. Os principais sintomas da salmonelose não-tifóide incluem:
- Diarreia
- Vômitos
- Febre moderada
- Dor abdominal
- Mal-estar geral
- Cansaço
- Perda de apetite
- Calafrios
Esses sintomas geralmente aparecem entre 6 e 72 horas após o consumo de alimentos contaminados, com a maioria dos casos surgindo entre 12 e 36 horas. Os sintomas costumam durar de 2 a 7 dias, até que o paciente se recupere completamente. A doença também pode ser transmitida pelo contato com animais infectados, incluindo animais de estimação, especialmente se as mãos não forem lavadas após o contato. A gravidade dos sintomas pode variar de acordo com a quantidade de alimento contaminado ingerido e o nível de contaminação do alimento.
A detecção da salmonella ocorre a partir do isolamento do agente nas fezes ou vômito ou ainda em amostras dos alimentos suspeitos consumidos. As fezes devem ser coletadas durante a fase aguda, antes do tratamento com antibióticos. Em pacientes com infecção ativa, do mesmo modo que para crianças ou indivíduos com dificuldade de obtenção de amostras, deve ser priorizada a utilização de swabs retais.