Entre as cachaças presentes na 3ª edição do Festival da Cachaça de Jandaia do Sul tem chamado a atenção a do produtor Odirlei Carlos, o Lelei (foto), de Campos dos Goitacazes (RJ). O motivo é que a bebida é feita de canabidiol.
Segundo ele, trata-se da primeira bebida mista registrada no Ministério da Agricultura, feita com os terpenos do canabidiol, ou seja, os aromas da maconha. “Não tem thc e nem cbd, que são os alucinógenos, mas sim os terpenos, que são os aromas. É um chamamento para o público debater o que é o canabidiol, que é um óleo que vem ajudando centenas de famílias que sofrem com autismo, depressão e vários males que são tratados com o canabidiol. Então é um chamamento para quebrar um preconceito, que é a falta do conhecimento”, declara.
Ele explica que os terpenos são os óleos da flor da planta fêmea, que é rica em aromas. “Tem 42 de volume, é uma cachaça, e traz essa lembrança do que é o canabidiol, a canabis”, explica. A bebida está sendo vendida no festival por R$ 80.
Sobre o festival
O evento seguirá até domingo, 19. O Festival da Cachaça foi idealizado pela Associação dos Produtores de Cachaça de Jandaia do Sul. Uma das cachaças presente no festival é a do produtor Odirlei Carlos, o Lelei, e chama a atenção por ser feita de canabidiol.
O festival reúne 50 produtores da bebida de todo o país, além de cachaças premiadas nacionalmente e internacionalmente. No evento, os visitantes poderão visitar os estandes, acessar praça de alimentação interna e externa, apreciar à vontade a cachaça produzida em Jandaia e em outros estados, assistir shows e participar de palestras – confira abaixo a programação. Haverá ainda concurso de melhor cachaça – clique aqui para conhecer os expositores e palestrantes confirmados e obter mais informações sobre o evento.
A cachaça mais conhecida de Jandaia é a Jamel, que compra de produtores, prepara nos padrões, ou seja, de acordo com a graduação alcoólica registrada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e revende em todo o país.
A cidade tem dois alambiques: a Companheira e a Estância Moretti, que juntos produzem várias marcas da bebida, num total de 80 mil litros por ano.
Há cachaças envelhecidas em barris de até 20 anos. A atividade é uma das mais importantes para a economia da cidade e região, gerando centenas de empregos diretos.
A cana-de-açúcar para a produção da cachaça é cultivada pelos próprios alambiques. E o segredo de uma boa bebida está no cuidado desde o plantio da cana, segundo o produtor Luiz Carlos Moretti, integrante da Associação dos Produtores de Cachaça de Jandaia do Sul.
A renda do festival, incluindo do estacionamento, que custará R$ 20, será revertida para instituições do município. Além disso, a cada dose de cachaça ou cerveja vendida nos shows, R$ 1 será doado ao RS.
Confira a programação do Festival da Cachaça de Jandaia do Sul
Sexta-feira, (17):
22h30: show de Bruninho e Davi no Parque de Exposições
Sábado (18): das 13h às 22h: visitação dos estandes
22h30: shows de Maria Cecília e Rodolfo e Bruna Viola juntos no mesmo palco.
O ingresso para os shows é um quilo de alimento não perecível.
A entrada para visitação nos estandes é gratuita.
Domingo (19): visitação dos estandes das 12h às 17h. Haverá ainda costelada promovida por cinco entidades beneficentes e show de pagode. O ingresso custa R$ 75.