Caso Franciele: marido fica em silêncio ao ser ouvido; sangue em objetos na casa era humano


O empresário Adair José Lago, de 40 anos, único suspeito de matar a esposa, Franciele Gusso Rigoni, de 36, foi interrogado nesta quarta-feira, 21, mas manteve-se em silêncio. A informação foi divulgada pelo delegado Herculano de Abreu, que comanda as investigações. Ele também confirmou o recebimento de laudos da Polícia Científica, que comprovam que havia sangue humano em objetos apreendidos na residência do casal.
O crime aconteceu no último dia de maio deste ano. A mulher foi encontrada morta dentro do próprio carro, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O depoimento de Adair era muito esperado pela polícia, pois até então ele não tinha sido ouvido. Embora negasse o crime, não teria dado nenhuma versão para a afirmação que apresentava oficialmente. Apesar disso, segundo o delegado, ele não quis falar.
“Foi realizado, por videoconferência, o interrogatório do suspeito de ter praticado a morte de Franciele. Ele se preservou ao direito de permanecer em silêncio”, disse o delegado Herculano de Abreu.

Sangue humano em objetos
Os laudos que a polícia recebeu indicam que era sangue humano nos objetos apreendidos dentro da casa, conforme explicou o delegado. Junto disso, também foi recolhido um troféu, que a polícia suspeita ter sido usado por Adair.
“O que chamou a atenção, foi que uma espécie de troféu, com uma espécie de bola de golfe, foi encontrado também sangue humano, e esse objeto pode ter sido usado para a prática do crime”. divulgou o delegado Herculano de Abreu.
Conforme a polícia, o material agora foi encaminhado ao laboratório, para verificar através de DNA se é correspondente ao sangue de Franciele.
Investigações
As investigações da equipe da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, estão em fase final, de acordo com o delegado. Faltam poucos detalhes para a conclusão.
A polícia divulgou ainda um vídeo que mostra Adair andando na rua, quando foi supostamente deixado por Franciele para fazer um orçamento.
“Conseguimos também imagens do dia em que supostamente a vítima teria deixado o suspeito na frente de um material de construção. O que se percebe é que ele anda tranquilamente pela rua, como se nada tivesse acontecido”. comentou o delegado Herculano de Abreu
Ao todo, são dois vídeos: no primeiro deles, passa o carro do casal e no segundo vídeo Adair passa andando. Ele disse à polícia que Franciele tinha o deixado em frente à loja, mas no vídeo isso não aparece.
Veja o vídeo