Caso Patrícia: desaparecimento de jovem completa 10 anos sem respostas: ‘tenho fé que ela esteja viva’
O desaparecimento de Patrícia Barbosa Pereira, moradora de Paranavaí (a 75 km de Maringá) completou 10 anos neste mês. A jovem, à época com 28 anos, saiu de casa com a filha de apenas 20 dias de vida em 6 de janeiro de 2014 para ir até um posto de saúde da cidade e nunca mais foi vista. Até hoje, a família de Patrícia convive com angústia de não ter respostas sobre o paradeiro dela.
A menina, Heloísa, foi localizada dois anos depois vivendo com um casal em um assentamento em Querência do Norte (a 125 km de Paranavaí). Exames de DNA comprovaram que a criança era a menina desaparecida e ela foi devolvida à família biológica. O casal foi preso e condenado por subtração de incapaz em 2019.
Nice dos Santos Barbosa, de 65 anos, mãe de Patrícia, afirma que, mesmo após tantos anos sem informações, ainda acredita que a filha esteja viva. “Ela saiu de casa às 10h [naquele dia], pegou uma circular [ônibus] e foi até a Casa da Vacina. Ela saiu de lá às 11h50 e não tive mais notícias. Nunca imaginei que passaria por isso. 10 anos que nós estamos esperando por uma notícia, e não surgiu nada. Eu tenho fé em Deus que ela esteja viva, um dia teremos a resposta”, afirmou.
Nice revelou que nos primeiros dias após o desaparecimento esperava que a filha retornasse para casa a qualquer momento. No entanto, isso nunca aconteceu. “10 anos se passaram, mas a esperança é a última que morre e a minha não morreu ainda, não”, garantiu a mãe.
Hoje, a idosa é a responsável pela criação da neta Heloísa, que completou 10 anos recentemente, e da irmã dela, também filha de Patrícia, de 14 anos. Nice relembrou a alegria que sentiu quando soube que a neta desaparecida havia sido encontrada. “Quando eu vi a foto, falei: ‘É a minha neta’. Conversei com o delegado e falei: ‘Pode correr atrás que é ela’. Hoje ela está em casa.”
Investigação
Por anos, a Polícia Civil de Paranavaí trabalhou buscando pistas que pudessem levar ao paradeiro de Patrícia Barbosa Pereira. Contudo, sem novidades no caso, o inquérito policial foi concluído e enviado à Justiça. “Apesar de todas as diligências realizadas, perícias em residência, veículos, análise de câmeras, etc., a investigação não chegou a uma conclusão. Não houve provas ou indícios de que a Patrícia desapareceu de forma criminosa ou mesmo pela sua própria vontade”, explicou o delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial, Luiz Carlos Mânica.
Segundo ele, a investigação não conseguiu comprovar que Patrícia pode estar viva, mas também não comprovou que a paranavaiense possa ter morrido após o desaparecimento.
De acordo com o delegado, o inquérito policial pode ser reaberto caso surjam fatos relevantes.
As informações são do Portal da Cidade de Paranavaí
