Casos de coqueluche sobem 86% no Paraná em um mês
Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontam que em 30 dias, o total de casos da doença no Paraná saltou de 537 para 1.000.
Em Maringá, foram 42 casos confirmados de janeiro até a última semana.Dos 1 mil casos confirmados, 353 estão na faixa etária dos 12 aos 19 anos e 110 menores de um ano.
Apesar da doença ser mais frequente nessas idades, o grupo de pessoas de 30 a 49 anos também se destaca com número elevado de casos, 183.Os dados reforçam a necessidade do cuidado e da prevenção, com a vacinação, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nars.
Atualmente, no Paraná, temos mil casos confirmados de coqueluche, sendo três óbitos confirmados por coqueluche e três ainda em investigação. Isso é decorrente da ação do Paraná de descentralizar a coqueluche para todos os pontos de atenção à saúde, para que possamos aumentar a sensibilidade do sistema em relação aos casos sintomáticos. Essa bactéria, Bordetella pertussis, tem uma característica de circulação a cada cinco a sete anos, e, neste momento, estamos enfrentando uma maior intensidade de circulação. Associado a isso, precisamos garantir a vacinação de todos os grupos preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações. A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível, que se inicia, em cerca de uma a duas semanas, com sintomas como tosse, mal-estar, nariz escorrendo e febre. Com o passar dos dias, essa tosse se intensifica, surgindo acessos de tosse, muitas vezes cursando com vômitos e falta de ar durante esses acessos. Após essa fase, há uma fase de recuperação da pessoa. É muito importante procurar um profissional de saúde logo no aparecimento desses sintomas, pois existe tratamento, que é feito com antibióticos.