Com mais de dez mil pés, lavoura de limão da família Sakazaki é destaque na região


Por Redação GMC Online
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Foto: Graça Milanez

Que ele é uma das frutas mais consumidas na culinária brasileira, que é versátil e pode ser usado em receitas doces e salgadas, todo mundo sabe; que é rico em vitamina C e um excelente antioxidante, idem. Agora, poucos sabem que a região de Umuarama é a maior produtora de limão no Paraná. Altônia, disparado, é o que concentra as maiores e mais produtivas lavouras. Mas temos outras espalhadas em vários municípios.

Em Maria Helena, o destaque fica para os Sakazaki, que cultivam mais de dez mil pés em dois sítios, cada um com 17 alqueires; o limão taiti ocupa metade dos sítios [que são vizinhos]. OBemdito visitou a propriedade de Adélia e Orlando Sakazaki, atualmente gerenciada pelos filhos Kleber, 42 anos, e Hugo, 40.

A propriedade, que integra a tradição e a diversificação de culturas, é um dos melhores exemplos de agricultura familiar bem-sucedida, na região de Umuarama. Além do limão [carro-chefe], a família cultiva outros citros, como laranja, poncã e tangerina; e também pinha, manga, tomate, pepino e flores.  

A produtividade do limão é considerada boa: cerca de 70 quilos por pé, o que vai dar aproximadamente 70 toneladas/ano. “Mas dá para melhorar”, salienta Kleber, informando que estão investindo num sistema moderno de irrigação para aumentá-la, com apoio do Irriga Paraná (Programa Estadual de Irrigação) e IDR-Pr (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná).

A benfeitoria também tem apoio do Instituto Água e Terra e do programa municipal Porteira Adentro, de Maria Helena. “Fomos contemplados e estamos muito contentes; isso para nós é o reconhecimento do trabalho sério que desenvolvemos aqui”, exclama o fruticultor.

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Ele informa também que já estão com a terra preparada para expandir a lavoura: a previsão é plantar, nos próximos meses, mais seis mil pés de limão e laranja. “Estamos confiantes, porque são duas opções de frutas que têm mercado garantido”, afirma.

Com várias construções, entre casas, barracões e estufas, cercadas de verde, a propriedade dá mostras de que possui uma excelente infraestrutura. O destaque fica para o barracão de 500m2, que abriga a máquina de beneficiar os limões; todos saem dos sítios dos Sakazaki lavados, encerados [com cera de carnaúba, não tóxica, importante para manter a qualidade] e classificados [por tamanho].

Hoje, grande parte da produção é destinada ao mercado regional, atendendo principalmente feirantes, supermercados e comerciantes locais: de Umuarama, Nova Olímpia, Cruzeiro do Oeste e Maria Helena. O excedente segue para Foz do Iguaçu, ampliando a presença da marca Sakazaki no Paraná.

Foto: Graça Milanez

Pioneirismo

Kleber e Hugo Sakazaki aliam experiência prática a técnicas modernas de cultivo das frutas. Enquanto isso, os pais se dedicam ao manejo das flores, uma atividade que complementa a renda da família e agrega beleza ao cotidiano da propriedade.

Com produção expressiva e integração harmoniosa entre gerações, a família Sakazaki consolida sua posição como referência na região, provando que a agricultura familiar pode aliar eficiência, qualidade e sustentabilidade.

Os precursores de toda essa história foram os casais Toshi e Toshizo Sakazaki e Tiroshi e Tomiko Sakazaki, que chegaram à região na década de 1960; vieram com o objetivo de produzir café, que cultivavam com outras pequenas lavouras consorciadas.

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A segunda geração deu continuidade ao trabalho dos pioneiros, mas sem café [que foi aos poucos sendo erradicado]. Tanto a família de Orlando, quanto a do irmão dele, Osvaldo Shindi Sakazaki, foram pioneiros na produção em larga escala de frutas e verduras na região, que eram vendidas nas feiras de hortifrúti de Umuarama [por 25 anos seguidos – hoje não mais]. E talvez os únicos que se dedicavam (e se dedicam) ao cultivo de flores [iniciado nos anos de 1980].

A história da família Sakazaki é um exemplo de como a agricultura familiar pode se destacar mesmo em um cenário competitivo. “O segredo está em trabalhar em família, unir forças e diversificar… Assim a lavoura prospera, gerando impacto positivo tanto no mercado local quanto na comunidade”, orgulha-se Kleber.

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As informações são do O Bemdito.

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