Entenda como funcionará a distribuição do Implanon na rede pública de saúde


Por Luciana Peña/CBN Maringá

O Ministério da Saúde iniciou a distribuição do Implanon, um contraceptivo de longa duração e alta eficácia, para a rede pública de todo o país. O dispositivo, um implante intradérmico com duração de até três anos e 99% de eficiência, será disponibilizado gratuitamente às mulheres em idade fértil. A medida integra ações de planejamento familiar e tem como objetivo reduzir gestações não planejadas, especialmente entre adolescentes.

Segundo o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, o estado recebeu pouco mais de 25 mil unidades do Implanon, parte dos 500 mil kits já adquiridos pelo governo federal. A distribuição no Paraná começou pelos municípios com mais de 50 mil habitantes, acompanhada de capacitação dos profissionais que farão a implantação do dispositivo pelo SUS.

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Foto: Sesa

“É um método de alto custo na rede privada, chegando a quase R$ 4 mil. Ao disponibilizar gratuitamente, o Ministério da Saúde amplia o acesso e fortalece o planejamento familiar”, afirmou o secretário. Ele destaca que 13% das gestações no Paraná ainda ocorrem na adolescência e que mais de 30% das gestações no país acontecem sem planejamento.

O implante, que libera hormônios gradualmente durante três anos, poderá ser aplicado em hospitais, UPAs e ambulatórios, desde que por profissionais capacitados. Apesar de apresentar efeitos colaterais mínimos, é considerado mais prático e eficiente do que métodos como anticoncepcional oral e DIU, especialmente pelo risco de esquecimentos ou dificuldades de acesso.

“A ideia é garantir que a mulher possa escolher o momento adequado para engravidar. Não se trata de evitar a gestação como doença, mas de proteger o direito de escolha”, reforçou Beto Preto. O Paraná seguirá ampliando a capacitação das equipes e a distribuição dos contraceptivos nos próximos meses, conforme os municípios organizem o fluxo de implantação.

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