Tempestade impede paranaense de repetir feito histórico no Everest
O montanhista paranaense Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a escalar o Everest, anunciou nesta semana o fim de sua nova tentativa de alcançar o topo da montanha mais alta do mundo, 8.848 metros acima do nível do mar. Apesar de ter chegado a 8 mil metros no último dia 12, ele e sua equipe precisaram recuar por causa dos ventos fortes.
“Faltou tão pouco”, lamentou Niclevicz em suas redes sociais. Ele também relatou que retorna ao Brasil com uma infecção na garganta, consequência das condições extremas enfrentadas na expedição.

Mesmo sem chegar ao cume, o montanhista destacou que o verdadeiro objetivo da viagem era outro: levar ao Everest a bandeira da Restauração Ecológica, simbolizada por uma araucária — espécie ameaçada e símbolo da biodiversidade do Paraná. A iniciativa está ligada à criação da Reserva Natural do Alpinista, uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) em Campo Largo (PR).
A nova área de conservação terá 116 hectares e abriga cerca de 30 nascentes do rio Açungui. O projeto prevê o plantio de araucárias enxertadas, reintrodução de abelhas nativas e ações de manejo ambiental. “Escalar o Everest é difícil, mas mais difícil ainda é restaurar uma floresta viva onde onças, veados e abelhas encontrem refúgio”, escreveu Niclevicz. “Esse é o verdadeiro Everest que estou escalando agora.”
Com informações de Bem Paraná.