Festival de Música: conheça a Orquestra Sinfônica do Paraná
Em 2025, a Orquestra Sinfônica do Paraná celebra 40 anos de trajetória, marcada por conquistas, renovação e a missão de aproximar o público da música erudita. Criada em 1985 e mantida pelo Governo do Estado, a orquestra é hoje uma das principais formações sinfônicas do país, reconhecida pela qualidade técnica e pela versatilidade do repertório.

Entre os momentos marcantes da agenda de 2025 está a apresentação no Festival de Música de Maringá, realizada na última quarta-feira, 15, com o programa “Mestres do Período Clássico”. O festival, que começou na segunda-feira, 13, e segue até domingo, 19, leva música de graça a vários pontos da cidade. O espetáculo atraiu muita gente também da região.

“É sempre muito especial sair das quatro paredes do teatro e levar a música para outros lugares. Estar em Maringá com a orquestra foi uma alegria enorme. Levar a música a quem nem sempre tem a oportunidade de assistir a um concerto na capital é parte da nossa missão”, afirma o violinista e maestro Alexandre Brasolim, em entrevista ao podcast CBN Maringá.
Brasolim, que integra o grupo há 32 anos, conta que a orquestra atravessa uma fase madura, mas cheia de energia e novos talentos. “Temos músicos muito experientes e outros bem jovens. O mais novo tem 26 anos. Essa diversidade é o que mantém a orquestra viva e em constante crescimento”, afirma.
Brazolim explica que o trabalho dos músicos exige dedicação diária. “Toda semana temos um repertório novo e, muitas vezes, um maestro diferente. Isso exige estudo, atenção e agilidade. O músico precisa estar tecnicamente preparado e aberto a diferentes estilos de regência”, comenta.

O repertório da Orquestra Sinfônica do Paraná é amplo e inclui desde os grandes mestres da música clássica até arranjos modernos e trilhas de filmes. “Aproximadamente 90% do nosso programa é de música clássica, com compositores como Mozart, Beethoven e Tchaikovsky, mas também fazemos concertos temáticos e apresentações especiais com outros estilos. É importante dialogar com o público”, explica o maestro.
Com quatro décadas de estrada, a orquestra carrega histórias e afetos também na trajetória pessoal de seus integrantes. No caso de Brazolim, a ligação com a música vem de família. “Meu avô era violinista e me prometeu o instrumento se eu estudasse música. Foi assim que comecei, e até hoje guardo o violino dele comigo”, relembra.
Mais do que técnica, o maestro acredita que a orquestra representa um elo entre gerações e uma ponte entre a arte e o público. “Depois da pandemia, percebemos que as pessoas voltaram a encher os teatros. Houve uma redescoberta do valor da cultura. A música faz bem, emociona e aproxima. E é isso que queremos continuar fazendo nos próximos 40 anos”, conclui.
Festival de Música de Maringá
Para fechar a programação do Festival de Música de Maringá, neste domingo (19), tem shows musicais e Feira de Artesanato no Parque do Ingá, a partir das 9h; e à tarde, o Mega Concert, na Travessa Jorge Amado, perto do Terminal Urbano, que pretende reunir dezenas de músicos amadores e profissionais em um grande concerto simultâneo a partir das 16h.
