13 de julho de 2025

Fim do El Niño e início do La Niña: Como será outono no Paraná


Por Redação GMC Online Publicado 19/03/2024 às 09h57
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O outono terá início nos primeiros minutos desta quarta-feira, 20, e se estenderá até às 17h51 de 20 de junho. De acordo com as previsões do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o primeiro dia da estação será marcado por calor e abafamento, seguindo a tendência dos últimos dias, o que propicia a formação de áreas de instabilidade durante a tarde. A menor temperatura esperada é de 19 ºC em Guarapuava, enquanto as maiores temperaturas são esperadas em Paranaguá, Guaíra e Foz do Iguaçu (25 ºC).

Fim do El Niño e início do La Niña: Como será outono no Paraná
Fim do El Niño e início do La Niña: Como será outono no Paraná Foto: Thiago Louzada

O cenário climático global indica o enfraquecimento do fenômeno El Niño, que predominou durante o verão, dando lugar ao La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial, alcançando seu ápice na primavera.

“A temperatura média do ar tende a ficar entre próxima e ligeiramente acima da normalidade climatológica, exceto na região litorânea, onde segue o padrão para a estação”, informa o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. Estão previstos alguns períodos de temperaturas elevadas. As manhãs e noites tornam-se progressivamente mais frias.

Prevê-se alguns períodos de temperaturas elevadas, enquanto as manhãs e noites gradualmente se tornarão mais frias. Em relação às chuvas, espera-se um padrão próximo da normalidade climatológica no Litoral, na Capital e Região Metropolitana. Entretanto, para as demais regiões, a previsão é de precipitação abaixo da média.

O outono paranaense, de modo geral, é caracterizado pela diminuição do volume de chuvas em comparação com o verão, devido ao deslocamento de massas de ar frio e seco. Maio costuma ser o mês mais chuvoso. A predominância do vento médio do Sul para o Norte do continente facilita a entrada de sistemas de alta pressão atmosférica, o que prolonga os intervalos entre as chuvas e a passagem de frentes frias. As maiores precipitações costumam ocorrer nas regiões Sudoeste e Oeste, enquanto as menores são registradas no Norte.

Ao longo da estação, as massas de ar frio e seco provenientes da Antártica e/ou do Sul da América do Sul avançam em direção ao Paraná, provocando quedas de temperatura e períodos frios. Geadas são esperadas nas regiões mais elevadas, como Sul, Centro-Sul e Campos Gerais.

La Niña no Paraná

Ao GMC Online, Reinaldo Kneib destacou que existe a previsão para o fenômeno La Niña se desenvolva ao longo do fim do outono e no inverno de 2024. “O fenômeno se desenvolve quando as águas do Oceano Pacífico Equatorial ficam com anomalias da temperatura da superfície do mar abaixo de -0,5 °C e esse resfriamento é suficiente para alterar a circulação geral da atmosfera sobre a bacia resfriada, por isso, é denominada fase fria do ENOS (el niño – oscilação sul) ou seja, é um sistema acoplado oceano-atmosfera”, disse.

De acordo com ele, a partir desse acoplamento e dependendo da intensidade do fenômeno e também da sua configuração, padrão da temperatura da superfície do mar, o evento em sua intensidade forte ou superior pode:

1) No inverno, o impacto em relação ao volume de chuva não será grande, porque já é o período mais seco, então o impacto será baixo, porém pode em se confirmando o evento na sua intensidade forte, atrasar o retorno da chuva que geralmente acontece a partir da segunda quinzena e principalmente de outubro em diante;

2) Favorecer a diminuição da temperatura média do ar no decorrer do inverno e primavera de 2024. Podemos registrar ondas de ar frio tardias, no decorrer da primavera e em alguns casos as ondas de ar frio podem ocasionar a formação de geadas, principalmente sobre as regiões Oeste, Sudoeste, Central e Sul do Paraná. Nesse sentido a agricultura pode ser impactada negativamente pela falta de precipitação e umidade do solo mais baixa que o normal para a época do ano e isso pode gerar algum atraso, perda de produtividade na fase de germinação dos cultivares;

3) Além da redução de produtividade em alguns cultivos pela falta de chuva e temperaturas baixas, pode a longo prazo, se o fenômeno avançar, continuar impactando o clima do Paraná no verão de 2024/2025, provocar seca e possível desabastecimento urbano, contudo esse ponto ainda precisa ser monitorado e avaliado conforme o desenvolvimento e projeções futuras do fenômeno.

Com informações da AEN

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