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23 de novembro de 2024

Fim do El Niño e início do La Niña: Inverno de 2024 será mais rigoroso no Paraná?


Por Redação GMC Online Publicado 09/03/2024 às 07h47
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A La Niña, fenômeno que dará lugar ao El Niño, deve se estabelecer no fim do inverno e primavera (entenda abaixo o que são os dois fenômenos). É o que explicou o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Samuel Braum, ao GMC Online. Mas, afinal, como será o inverno no Paraná? De acordo com ele, boa parte do inverno deve transcorrer com situação de neutralidade.

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Fim do El Niño e início do La Niña: Inverno de 2024 será mais rigoroso no Paraná? Foto: Suely Sanches.

“A princípio, as temperaturas devem apresentar comportamento mais próximo ao normal no inverno, podendo ter alguma situação de frio também na primavera. Mas não há indicativo de termos situações de frios mais frequentes em comparação a uma situação normal. Começa a esfriar normalmente a partir de maio, com ondas mais intensas entre junho e julho”, explicou.

De acordo com a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a versão mais fria do fenômeno climático deve passar a vigorar entre julho e setembro, conforme documento da entidade, elaborado com base em uma série de modelos estatístico-climáticos.

O meteorologista do Simepar ressalta que no noroeste paranaense normalmente são poucas as ondas de frio que conseguem provocar geadas, por exemplo. “Obviamente novas atualizações vão ocorrer com o passar dos meses. Entre 2020 e 2022 tivemos atuação da La Niña. Este ano tendência é que este ano faça mais frio do que em 2023, pois no ano passado tivemos poucas ondas de frio (inverno mais quente) e este deve ser perto da média”, explica.

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El Niño

O El Niño ocorre com intervalos de dois a sete anos, e se caracteriza pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico na região do Equador. Isso causa a interrupção dos padrões de circulação das correntes marítimas e massas de ar, o que leva a consequências distintas ao redor do mundo. “Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes e secas em determinados locais do mundo”, disse Michelle L’Heureux, cientista do Climate Prediction Center.

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Fim do El Niño e início do La Niña: Inverno de 2024 será mais rigoroso no Paraná? Foto: José Fernando Ogura/AEN

Desta vez, o El Niño teve um ano e meio de duração e sucessivos recordes de temperatura batidos, inclusive em Maringá. O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, de acordo com relatório divulgado pelo observatório europeu Copernicus. A temperatura média no ano passado foi 1,48 ºC mais quente do que na era pré-industrial (meados do século 19), conforme a agência, e quebrou a barreira de 1,5ºC em 12 meses, marco do Acordo de Paris, no mês passado.

Além disso, a influência do El Niño ainda esteve relacionada a eventos extremos, como ciclones extratropicais no Sul e a estiagem acompanhada de queimadas na Amazônia, além das ondas de calor em várias regiões do Brasil.

O La Niña

O La Niña é um fenômeno climático oposto, caracterizado pelo esfriamento das águas superficiais do Pacífico e pela consequente queda nas temperaturas globais. No Brasil, ele costuma causar fortes chuvas nas Regiões Norte e Nordeste, mas, no Sul, há elevação das temperaturas e seca.

Na última vez em que vigorou, o fenômeno teve a duração de três anos. “O La Niña potencializa as ondas de frio nos períodos de outono-inverno e primavera. Por outro lado, é preciso lembrar que áreas da América do Sul em Argentina, Uruguai, Paraguai e Sul do Brasil podem ter forte estiagem e ondas de calor intensas, como em 2021/2022”, afirma a meteorologista Estael Sias, da MetSul.

De acordo com a NOOA, o El Niño deve estender seus efeitos até maio. Após esse mês, segue um período de neutralidade climática e, então, começa a se formar o La Niña. Não necessariamente os dois eventos se sucedem imediatamente, explica Estael. Eles podem se prolongar e se repetir.

Com informações da Agência Estadual de Notícias e Simepar.

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