Gisele, mãe de 13 filhos, fala sobre maternidade real, amor e rede de apoio
Aos 43 anos, Gisele Santos, moradora em Paranavaí, vive uma maternidade fora do comum: ela é mãe de 13 filhos. A primeira gestação aconteceu quando tinha 27 anos, e, desde então, sua vida foi se transformando completamente. Vinda de uma família numerosa, Gisele sempre imaginou que teria muitos filhos — mas jamais pensou em chegar a esse número.

“A gente idealiza uma família grande, mas 13… nunca passou pela cabeça”, comenta entre sorrisos.
O que começou como um desejo de construir uma família tornou-se um propósito de vida. Hoje, ela se dedica integralmente à criação dos filhos, uma missão que exige muito do físico e do emocional.
“A maternidade exige demais. Cada recuperação de parto, cada nova fase. Mas com o tempo, a maturidade também vem, e com ela, o equilíbrio”, diz.
Essa maturidade também trouxe um olhar mais sensível sobre o que realmente importa: o amor em construção. Gisele destaca como o vínculo entre os irmãos é algo que se desenvolve com o tempo, na rotina do dia a dia. “Existe uma construção de afeto entre eles. A gente ensina, mas eles também se ajudam, aprendem juntos. Isso fortalece muito o espírito de família”, afirma.
A rotina, no entanto, está longe de ser fácil. Ela descreve com bom humor o “caos organizado” que vive diariamente. “Não dá para romantizar. Tem hora que é uma loucura — na saída pra escola, nas refeições, nas atividades… são 13 crianças com personalidades e necessidades diferentes”, relata. Mesmo com todo o esforço, Gisele tenta manter momentos únicos com cada um dos filhos, como uma forma de valorizá-los individualmente.
Além de viver a maternidade em tempo integral, ela também compartilha nas redes sociais sua rotina e dicas de organização, cuidados e vivências reais. O conteúdo atrai muitas seguidoras, principalmente mães, que veem nela uma figura acolhedora e verdadeira.
“A gente precisa parar de invalidar experiências. Não importa se você tem um, dois ou nenhum filho. Cada pessoa tem suas lutas e a vida corrida com suas questões. Precisamos de mais empatia”, defende.
Outro ponto que Gisele faz questão de destacar é o impacto emocional que a maternidade causa, especialmente no pós-parto.
Compreensão
“A mulher fica muito afetada pelos hormônios, pelo cansaço. Muitas vezes ela se afasta, não por desinteresse, mas porque está exausta. Isso precisa ser entendido. É por isso que a rede de apoio é tão importante”, diz Gisele Santos.
Nesse sentido, ela fala com carinho sobre o marido, Antônio, que considera um pilar em sua trajetória.
“O sucesso da nossa família passa por ele. O Antônio é meu apoio, meu parceiro. Ele está ao meu lado todos os dias, me ajudando a manter o equilíbrio, a sanidade. Maternidade não precisa ser uma jornada solitária, e ele me prova isso todos os dias.”

Para Gisele, pedir ajuda não é sinal de fraqueza. “A gente romantiza demais a mulher que dá conta de tudo sozinha. Mas não tem problema em admitir que precisa de suporte. Às vezes, é a diferença entre um dia insuportável e um dia possível.”
Com palavras honestas e uma vivência intensa, Gisele mostra que a maternidade é feita de amor, mas também de superações diárias. Mais do que números, sua história é sobre vínculo, acolhimento e a importância de não caminhar sozinha. E mesmo em meio à correria, ela segue construindo um lar onde cada filho é visto, ouvido e amado.
As informações são do Portal da Cidade Paranavaí.