Hospital Metropolitano de Sarandi deve voltar a funcionar parcialmente em dezembro
O cronograma de retomada do atendimento do Hospital Metropolitano de Sarandi (HM) foi apresentado em uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 21, entre o interventor do hospital, a 15ª Regional de Saúde e a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
O deputado estadual Evandro Araújo (PSD), integrante da Comissão, diz que o cronograma prevê atendimento pleno a partir de março de 2025. No entanto, a abertura de leitos clínicos deve voltar a acontecer já em dezembro deste ano, com ampliação até março, assim como a disponibilização de leitos cirúrgicos a partir de fevereiro de 2025. O deputado também salientou o pedido da Comissão pelo funcionamento das áreas de urgência e emegência do HM assim que possível.
“A audiência já foi encerrada, agora nós estamos no meio de uma visita ao hospital e vamos fazer esse trabalho agora de conhecer aqui o que já foi, o que avançou. A desinfecção foi feita, a limpeza, a pintura. Agora, o resultado da audiência é o seguinte: o interventor já manifestou ali as medidas que foram tomadas nesse período todo e apresentou um cronograma para o hospital voltar a funcionar. O cronograma que eles apresentaram aqui é em torno de março o pleno funcionamento, final de março. O que nós pedimos é que principalmente a urgência e emergência volte o quanto antes. Então foi pedido pelos deputados da audiência uma inversão desse cronograma, porque a gente tem uma grande demanda de urgência e emergência nesse final de ano, por conta do período mesmo das festas. Então solicitamos isso a ele [interventor], mas ele respondeu que a avaliação tem que ser técnica. O cuidado vai ter que ser tomado para que o hospital possa voltar com responsabilidade, sem colocar em risco a vida dos pacientes. Mas até março, a previsão que ele [interventor] apresentou aqui, é do hospital estar em pleno funcionamento com os 204 leitos funcionando”, explicou o deputado Evandro Araújo.
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Na reunião desta quinta, o interventor do HM também apresentou irregularidades financeiras da instuição, em um montante de aproximadamente R$ 118 milhões. Para Araújo, tais desvios de dinheiro, classificados por ele como graves, colocavam em risco a vida de pacientes do hospital.
O deputado também comentou a regularização de pagamentos e salários a funcionários e pessoas jurídicas ligadas ao HM, garantindo que ninguém foi ou será demitido.
“Também manifestaram ali que já está em dia os salários dos 600 funcionários que o hospital tem, e agora estão analisando contratos com pessoas jurídicas que também serão regularizados, mas tem contratos que são sob suspeição. […] Não teve funcionário demitido, o que teve é alguns desligamentos voluntários mesmo, as pessoas pediram desligamento, mas ele [interventor] mencionou hoje na audiência em torno de 13 apenas”, esclareceu Evandro Araújo.
Por fim, o integrande da Comissão da Alep afirmou que, para que o HM volte a funcionar plenamente, será necessário um aporte finaneiro por parte do Estado.
Não há dúvida de que isso [o aporte do Estado, além do recurso de custeio que sempre repassa] será necessário. A gente viu hoje, até pelo cronograma financeiro apresentado, de que para o custeio, isso necessitará da colaboração do Estado, inclusive do Ministério da Saúde. Teve a manifestação hoje aqui também de que o Ministério da Saúde está disposto a colaborar. Então assim, não vai dar para tocar o hospital sem que a gente tenha aí uma subvenção maior por parte do próprio Estado”, finalizou o deputado estadual Evandro Araújo.
A CBN Maringá ainda tenta contato com os antigos gestores do Hospital Metropolitano.