Infectologista explica bactéria que matou menino após machucado no joelho


Por Redação GMC Online, com Luciana Peña/CBN Maringá
joelho
Imagem Ilustrativa/Pixabay

Guilherme Rodrigues dos Santos, de oito anos, estudante da rede municipal de ensino de Apucarana, morreu neste sábado, 24. Ele lutava contra uma grave infecção causada pela bactéria Staphylococcus, que, segundo os médicos, entrou na corrente sanguínea por meio de um ferimento no joelho, levando a um quadro de infecção generalizada.

A infectologista Ana Gurgel explica que a bactéria faz parte da microbiota normal, ou seja, está presente na pele de todos e não causa mal algum quando não há uma quebra de barreira — isto é, quando não há nenhum machucado, trauma ou quando a pessoa não é imunossuprimida.

“No entanto, se houver uma quebra de barreira — que pode ser um trauma, e nem precisa haver sangramento, basta uma batida em um móvel, por exemplo —, a bactéria pode entrar na corrente sanguínea e causar quadros extremamente graves”, afirma.

O motivo, segundo a médica, é que a Staphylococcus produz uma toxina extremamente maléfica, o que pode conferir à doença um aspecto fulminante. “Nós chamamos esse quadro de metástases infecciosas, que podem atingir o cérebro, coração, pulmões, ossos etc., levando o paciente à falência de órgãos”, explica.

Para prevenir quadros graves, a infectologista orienta a observar qualquer ferimento ou hematoma. “Se houver vermelhidão, formação de pus, dor intensa ou alteração da pressão arterial, é preciso procurar avaliação médica”, alerta.

A bactéria pode causar taquicardia, respiração ofegante, fraqueza, redução da produção de urina e, em alguns casos, evoluir para óbito. “Em qualquer ferimento, a orientação é lavar o local com água e sabão, higienizar bem as mãos — que são um fator determinante na transmissão — e observar se há ou não evolução que exija o uso de antibióticos”, finaliza.

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