Jornalista é abordado pela PM no lugar de mulher condenada por homicídio
O jornalista Leonardo Sakamoto, colunista do portal UOL, foi abordado duas vezes pela polícia nos últimos dias, em São Paulo, devido a um erro da Vara Criminal de Nova Esperança, no Paraná. O equívoco envolve a emissão de um mandado de prisão contra uma mulher de 27 anos, condenada por homicídio, que teve o CPF de Sakamoto registrado indevidamente no documento judicial.
De acordo com informações do próprio site UOL, o mandado foi expedido pela Justiça paranaense contra a mulher, mas com o número de CPF pertencente ao jornalista. A confusão teve origem em 2017, quando a acusada teria informado o CPF de Sakamoto, possivelmente de forma indevida, em um procedimento judicial.

Em São Paulo, a polícia utiliza o CPF para rastrear veículos, já que os dados cadastrais dos carros estão vinculados ao documento. Com isso, o nome de Sakamoto passou a constar como associado a um mandado de prisão, o que motivou as abordagens. Em ambas as situações, os policiais identificaram o erro ao confrontarem os demais dados da ordem judicial com os documentos do jornalista.
A Polícia Civil de Nova Esperança abriu um inquérito para investigar o caso, e o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) já reconheceu o erro. A defesa de Sakamoto foi informada de que o CPF foi incluído indevidamente no mandado, o que causou as abordagens injustificadas.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Paraná esclareceu que “o CPF mencionado no mandado de prisão expedido pela Vara Criminal de Nova Esperança foi informado pela ré, em 2017, numa situação em que foi presa em flagrante. Depois deste fato, o cadastro foi atualizado com o número correto e concedida a liberdade com medidas cautelares. O TJPR está apurando os motivos pelos quais o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisão (BNMP) recebeu a informação incorreta e tomará todas as medidas necessárias. A correção dos dados no BNMP foi realizada imediatamente assim que o erro foi identificado”.
A CBN entrou em contato com a delegacia de Nova Esperança e aguarda um posicionamento oficial sobre as providências que serão tomadas para corrigir o erro e evitar que o jornalista volte a ser abordado injustamente.