Lote 4 do pedágio, na região de Maringá, deve ser leiloado até setembro; veja detalhes
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O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, participou, nesta sexta-feira (31), da 1ª reunião de 2025 da Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense), onde falou sobre o leilão do Lote 4 do Pedágio, que faz a ligação de Cornélio Procópio a Guaíra, passando pelas cidades de Londrina, Maringá e Umuarama. O trecho também conecta Maringá a Diamante do Norte, no noroeste do estado do Paraná e deve ser leiloado até setembro.
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“Nós tínhamos a intenção de fazer nos primeiros seis meses. O Governo Federal nos pediu que o leilão aconteça até setembro, que eles têm uma agenda nacional, um cronograma para todos os Estados, e a gente respeita, porque muitos Estados não conseguiram fazer leilões. O Paraná já fez quatro, mas nós vamos fazer os dois últimos até setembro. Está no TCU. (Tribunal de Contas da União). Deve sair do TCU até maio, e aí a gente publica e passa a divulgar para os investidores o que representa o lote quatro, que é o que mais atinge a nossa região. “Temos inúmeras rodovias estaduais e federais que cortam o lote quatro. PR-323, PR-182, 272, 317, 444, 862, 897, 986 e as rodovias federais, BR-369, 272 e 376. Nós vamos chegar a 17 bilhões de reais em investimentos, sendo só em novas obras”, explicou o secretário.
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Sandro Alex detalhou as obras e os prazos para que as mesmas sejam executadas. “Em cinco anos, do terceiro ao oitavo ano, eles vão ter que fazer, por exemplo, 239 quilômetros de duplicação. Eles vão ter que construir 84 viadutos ou trincheiras. Nós estamos construindo 3, 4 viadutos e obras que são estratégicas que já estão mudando a dinâmica, a mobilidade e salvando vidas, então imagine 80. É 1 a cada 7 km, isso vai trazer muita segurança. As pessoas não podem ficar sem essas obras”, disse em entrevista à rádio CBN Maringá.
Valores do pedágio
O secretário falou ainda sobre o valor da tarifa para o pedágio. “As pessoas querem pagar aquilo que é justo. Elas querem estar numa rodovia duplicada. Elas não querem morrer numa estrada que não tem uma marginal, que não tem um viaduto. E querem pagar aquilo que elas estão vendo que geralmente é justo. E é isso que nós estamos buscando na B3. E vai ter degrau tarifário. Nós não estamos nesse início cobrando antes, eles têm que fazer a obra e no local onde não tem uma obra, ele tem um valor depois de pista duplicada. Onde se tem pista duplicada, não se tem a cobrança. Então, por isso que nós estamos fazendo inúmeras duplicações, obras e investimentos, no Paraná todo, para que a gente possa entregar antes essas duplicações. Mas mesmo assim, o valor é menor do que era praticado anteriormente, sem obra nenhuma”.
Segundo Sandro Alex, para o valor mais baixo, seria preciso abrir mão das obras. “Nós podíamos fazer um pedágio muito mais barato, retirando as obras, mas aí a gente está se enganando, porque lá na frente isso vai custar caro. Porque para você atrair uma indústria, para você gerar emprego, principalmente para não ter uma notícia policial na CBN de que teve um acidente, a gente tem que ter investimento, tem que ter obra. E as pessoas querem essas obras, elas querem ir de Foz de Iguaçu a Paranaguá em pista dupla, elas querem sair de Maringá e ir para qualquer região do Estado com duplicações. Veja, este lote tem mais de 250 quilômetros de duplicações, eles vão ter que fazer 40 quilômetros por ano de duplicação. E se eles não fizerem? Se eles não fizerem, trava a tarifa,, eles perdem o contrato, então não é como anteriormente. Nós estamos falando aqui de um contrato feito na B3 com concorrência internacional. Então é isso que faz a diferença. Tanto que Santa Catarina está mudando o modelo deles para o Paraná, porque o deles era baratinho, mas ninguém andava mais nas rodovias, ninguém consegue transitar lá e não tem previsão de obra para o futuro. Então eles estão dizendo, põe a obra, cobre mais porque é melhor pra nós, não adianta a gente pagar menos e não ter nada. Então Santa Catarina, todo mundo achava que lá era o modelo melhor. Não é, porque eles não têm obras, eles querem pôr as obras e mudar a tarifa para ser mais segura a rodovia”, finaliza, exemplificando.