14 de junho de 2025

Menina Yasmin, do Paraná, inicia procedimentos para receber medicamento contra câncer, considerado um dos mais caros do mundo


Por Redação GMC Online Publicado 10/07/2024 às 11h15
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Foto: Catve.com.

A menina Yasmin Aparecida Campos de Amorim, de 11 anos, fez uma consulta no Hospital do Câncer de Cascavel (Uopeccan) para saber se está com condições para começar o tratamento contra o câncer nesta quarta-feira, 10.

Os cinco frascos do remédio Danyelza, um dos mais caros do mundo, chegaram a Cascavel na última quinta-feira, 4. Desde então, os médicos deram início a preparação da criança para receber as doses, com cinco ciclos mensais de aplicação.

Cada ciclo precisa de seis frascos da medicação. As cinco unidades entregues se somaram a outra que já estava no Uopeccan.

Acompanhada da mãe, Yasmin participou da consulta na unidade hospitalar. Após o término dos procedimentos, a mãe da menina, Daniele Campos; e a diretora de serviços de saúde do Uopeccan, Gladys Mari Rodrigues, concederão entrevista ao Portal Catve.com para contar se Yasmin está apta para dar o pontapé inicial no tratamento.

Família caiu em golpe

A família da pequena Yasmin caiu em um golpe e perdeu todo o dinheiro para a compra do medicamento importado, que prometia ajudar na cura contra o neuroblastoma, tipo de câncer agressivo que começou no pescoço e mediastino da menina, agora infiltrado nos ossos.

De Cascavel, Paraná, Yasmin foi diagnosticada aos cinco anos com o tumor maligno. Até 2019 fez quimioterapia e chegou a remissão. No entanto em 2020, a doença voltou de forma agressiva. Novamente, após um transplante, ficou curada por três anos. Em 2023, os sintomas voltaram, e de novo a luta retomada. Com a doença ainda mais grave. A recidiva óssea, quando a doença retorna, afeta novamente o paciente, mas dessa vez nos tecidos ósseos.

A única alternativa apresentada pelos médicos passou a ser o Danyelza. Após longos tratamentos paliativos, amigos e familiares passaram a arrecadar valor para aquisição do medicamento. Em paralelo processo judicial contra o estado tentava garantir o remédio para Yasmin que pode evitar o avanço da doença. Daniele Campos contou que no dia 11 de abril recebeu a informação de que os R$2.840.000,00 tinham sido depositados na conta da empresa importadora, a qual deu o prazo de 30 dias para a entrega. Ela teve em mãos as doses no dia 22 de maio após os medicamentos chegaram no voo, sem sela da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Este remédio não é fornecido no Brasil, é internacional de uma empresa sediada na India […] eles fizeram o pedido para que o Governo do Paraná pagasse essa medicação, eles conseguiram que através de sequestro de valores fosse realizado o pagamento da medicação”, detalhou a Delegada Thais Zanatta.

A confusão começou quando a importadora, sediada em Santa Catarina vinculou uma terceira empresa que não está na decisão judicial. A Polícia Civil vai apurar para onde foram os valores encaminhados. Delegada Zanatta ainda conta que o dono dessa terceira empresa ‘desapareceu do mapa’ e por isso a investigação trabalha para identificar o paradeiro. 

No dia 12 de junho, a mãe da menina procurou a delegacia de Cascavel porque disse ter sido enganada. A mãe alegou que a empresa enviou um remédio falso, esta era a aposta dos familiares para que a menina fosse , salva. A Justiça pagou R$ 2 milhões para fazer a compra do medicamento Danyelza.

Além disso, as doses enviadas iriam passar pela perícia da Polícia Científica para identificar os componentes.

Poucos dias depois, a notícia de que o Estado iria custear o tratamento de Yasmin trouxe alegria e alívio para a família da menina.

Com informações da Catve.

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