Morador relata mau cheiro e espumas na água da cachoeira de Ourizona


Por Letícia Tristão/CBN Maringá
Foto: Reprodução/Colaboração/Ouvinte CBN Maringá

A cachoeira de Ourizona, na região, pode ser acessada pela BR-376. Para chegar até lá, é preciso fazer um trecho a pé, ou de bicicleta.

Foi o que fez o morador Euclides da Silva e um grupo de amigos ciclistas. Eles são de Maringá e sempre vão pedalar pela região e param para se refrescar nas cachoeiras das cidades vizinhas.

A de Ourizona é uma conhecida deles. Mas no último sábado, o passeio dos ciclistas acabou mal.

Segundo relato do morador, antes mesmo de chegarem lá, o mau cheiro já tomava conta do ar. Quando o grupo chegou à cachoeira, se deparou com a água escura, cheia de espumas, com aparência de contaminada. Pelas imagens é possível ver o aspecto turvo da água.

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De acordo com Euclides, foi uma surpresa, já que o grupo de ciclistas vai a cachoeira de Ourizona sempre e a água era limpa. “Indo para a cachoeira, Já na descida, na estrada de terra, antes de chegar na lateral. Tinha um cheiro forte. […]. Quando chegamos na mata, bem na beira dela. Aquela água marrom, escura e um cheiro forte, parece ser óleo misturado com alguns produtos. E criava um pouco de espuma, onde a água batia nas pedras e seguia o curso dela”, afirma Euclides.

“Aquele cheiro forte, que ninguém conseguiu, sentiu vontade de entrar. Porque tem uma contaminação lá, e a gente não sabe o que é. Já vinha de cima, da queda e já ficava naquela água suja constante. Ficamos lá por apenas 10 minutos e saímos porque o cheiro era muito forte. […]. Não sei se é alguma empresa que está jogando dejeto. É alguma coisa estranha que aconteceu lá”, concluí.

O prefeito de Ourizona, Rodrigo Amado, disse que a água foi coletada pela vigilância sanitária para ser analisada. Há a suspeita de que seja o descarte de uma empresa, ainda não é possível afirmar, diz o prefeito. “Eu estive no local pela manhã, juntamente com funcionários do departamento de Meio Ambiente. O técnico da Vigilância Sanitária, também agora a tarde está no local, para coletar a água e fazer o respectivo laudo. Para identificar se existe algum produto químico, ou algo nesse sentido que contaminou a água”, diz Amado.

“De acordo com o local, a localização que fomos informados, diz respeito ao municio de São Jorge do Ivaí. Mas nós estamos sim, está na divisa, e Estamos também preocupados. E já estamos tomando as providências. Há indícios, de uma suposta empresa no município de Mandaguaçu que faz o descarte de algum material que está contaminando o rio e água de modo geral”, complementa.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá

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