23 de março de 2025

Moradores lamentam apreensão de Blu, arara-canindé que vivia livre na região


Por Redação GMC Online Publicado 20/03/2025 às 10h30
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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Dentre os inúmeros animais domésticos que geralmente convivem bem com o ser humano, uma arara-canindé fugiu a regra e ganhou o coração dos moradores do assentamento Milton Santos, em Planaltina do Paraná e, posteriormente, dos demais moradores da cidade, onde é celebridade.

Blu, como é carinhosamente chamada pela população, vivia solta na região há pelo menos dois anos, quando teria sido resgatada por um morador. “Ele foi cuidado por um senhor que o encontrou machucado. O Blu vivia solto e vinha diariamente na casa de todo mundo. Minha casa foi um dos primeiros lugares que ele começou a ir frequentemente”, conta a planaltinense Thaynara Maia.

Para os moradores, a surpresa e alegria de receber a visita de um animal silvestre terminou nesta semana, após Blu ser apreendida pelos órgãos ambientais. O caso gerou comoção na população planaltinense. Thaynara garante que a ave era bem tratada e nunca sofreu maus-tratos. Apesar disso, quando o assunto é fauna silvestre, boa convivência com humanos e docilidade podem não indicar bons sinais para a saúde do bicho.

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Foto: Reprodução

PARA ONDE BLU FOI LEVADA?

Em uma entrevista com o Insituto Água e Terra (IAT), que afirmou ter recebido denúncias envolvendo o crime de maus-tratos. “Crianças tacando pedra e outros objetos, alimentação não adequada, como bolachas doces, que podem causar infarto no animal. Assim que recebemos essas informações, repassamos ao veterinário e nos orientaram a recolher a ave. Ela foi encaminhada ao Centro de Atendimento à Fauna Silvestre em Curitiba”, disse a nota enviada à Redação.

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Foto: Reprodução

O veterinário do IAT em Curitiba, Pedro Alves, explica que Blu está sendo atendida em um hospital conveniado ao Estado. “O relato que tive até o momento é que o animal é extremamente “manso”, ou seja, não se reconhece como uma arara, possivelmente porque foi traficada quando filhote ou foi retirada do ninho, ambas ações constituem crime contra fauna. Clinicamente, ele está com baixo peso, diarréia e uma carga parasitária muito alta”, pontua.

Além disso, Alves conta que a arara é seletiva quanto à alimentação. Segundo ele, isso indica que ela depende completamente do cuidado humano, mesmo vivendo fora da gaiola. A ave ficará em tratamento e deve ser reabilitada em seguida. O IAT disse que ainda não pode afirmar qual será a destinação final de Blu, se solta novamente ou se permanecerá em cativeiro.

As informações são do Portal da Cidade. 

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