Município na região de Maringá intensifica combate à dengue com drones e multas de até R$ 12 mil
A Prefeitura de Mandaguaçu, no norte do Paraná, atualizou uma lei municipal para intensificar o combate à dengue na cidade. A nova legislação, de iniciativa do Executivo e aprovada pela Câmara Municipal, permite a entrada de agentes de endemias em imóveis fechados, abandonados ou cujos proprietários se recusam a permitir a vistoria. A fiscalização também contará com o uso de drones para monitorar quintais e possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.
Segundo o prefeito Beto Dentista, a atualização visa ampliar a eficácia das ações de enfrentamento à dengue, especialmente diante da dificuldade de acesso a certos imóveis e da escassez de recursos humanos no município.

“Esse é um projeto que atualiza uma lei já existente, reforçando a dinâmica da fiscalização com o uso de drones, aplicação de multas e, quando necessário, até com apoio policial para garantir a entrada dos agentes nos imóveis”, explicou o prefeito. A nova norma estabelece que, quando for constatado risco à saúde pública, o proprietário do imóvel tem 48 horas para realizar a limpeza. Caso contrário, os agentes públicos estão autorizados a entrar no local, mesmo sem autorização.
Além do reforço na fiscalização, a lei também atualizou os valores das multas, que agora podem chegar a até R$ 12 mil, dependendo da gravidade e da reincidência da infração. O objetivo, segundo a prefeitura, é conscientizar e responsabilizar quem contribui para o aumento de criadouros do mosquito com o descarte irregular de lixo e entulhos.
Apesar da queda recente nos índices de notificação da doença, Mandaguaçu já registrou uma morte por dengue em 2025. A vítima foi um idoso de 90 anos. O município segue em estado de emergência, e a administração reforça que, mesmo com a diminuição das temperaturas – o que normalmente reduz a proliferação do mosquito – os cuidados devem ser mantidos.