A dor da perda ganhou voz. O namorado de Nicolle Teles, de 23 anos, usou a internet para fazer um desabafo emocionante após a morte trágica da jovem ciclista, na noite de segunda-feira, 22, atropelada por um ônibus ligeirinho no bairro Campo Comprido, em Curitiba. Ele estava ao lado dela no momento do acidente e viu, sem poder fazer nada, a vida da mulher que amava ser interrompida de forma brutal.
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O acidente aconteceu na Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi. Nicolle atravessava a via com a bicicleta em mãos quando foi atingida pelo ônibus que trafegava pela canaleta exclusiva. O impacto foi tão violento que a morte foi constatada ainda no local.
Conforme explicou a tenente Guimarães, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), no trecho do acidente a via se transforma em mão inglesa, o que acaba confundindo o sentido de transitar dos ônibus. “Ela estava atravessando a via com a bicicleta em mãos, momento em que o ônibus, do outro lado da via, acabou atropelando a jovem”.
A cena foi de cortar o coração. O namorado permaneceu no local, em choque, enquanto familiares chegavam aos poucos, tomados por lágrimas, desespero e revolta. A área foi isolada para o trabalho da perícia.
Pelas redes sociais, o jovem que namorava Nicolle expôs o sentimento de perder a mulher da vida dele, como a descreveu.
“Pra mim nunca irá cair a ficha de que você se foi. Só Deus sabe o quão perfeita você era foi e sempre vai ser, eu sempre irei te amar independente de onde você estiver, Nicolle” escreveu ele, em uma mensagem que resume o choque, a incredulidade e a saudade que ficaram.
No desabafo, o namorado relembrou a parceria e o apoio incondicional que recebia de Nicolle.
“Obrigado por sempre ser a mulher que foi comigo e com todo mundo sempre sendo parceira e sempre me apoiando em tudo, espero que de onde vc estiver esteja de olho em mim porque farei de tudo para sempre ser o cara que você tanto amou” concluiu o rapaz.
Nicolle era estudante de Medicina Veterinária na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e estagiária da Rede de Proteção Animal de Curitiba. Jovem, dedicada e cheia de planos, ela sonhava em cuidar de vidas, especialmente as que não tinham voz.
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