Um ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão típico de latitudes médias, formado quando massas de ar quente e frio se encontram. Essa colisão gera instabilidade, ventos fortes e tempestades intensas. Diferentemente dos ciclones tropicais, que ganham força sobre águas quentes, os extratropicais se desenvolvem em áreas mais frias e podem provocar estragos mesmo longe do mar.
Esses sistemas são comuns no Sul do Brasil, especialmente entre outono e primavera, e costumam trazer rajadas de vento acima de 80 km/h, queda de temperatura e chuva volumosa. O problema é que, quando atingem áreas povoadas, podem causar danos significativos à rede elétrica, estruturas urbanas e comunicação.
O que aconteceu no Paraná?
Na madrugada desta quinta-feira (11), um desses ciclones extratropicais avançou pelo Sul do país e provocou ventos intensos que derrubaram árvores, galhos e danificaram a fiação em diversas cidades paranaenses.
Como consequência, milhares de imóveis amanheceram sem energia elétrica, especialmente em Curitiba, na Região Metropolitana e no litoral. Segundo atualizações da Copel, o impacto foi considerado amplo porque os ventos atingiram pontos sensíveis da rede, quebrando postes e interrompendo o fornecimento.
Leia também: Maringá e cidades da região entram em rota de supercélulas; entenda.
Por que o ciclone causou tanto impacto?
Fenômenos desse tipo geram rajadas irregulares, que podem ocorrer de forma brusca e atingir estruturas frágeis. Em áreas arborizadas, como em muitas regiões do Paraná, o risco aumenta: galhos caem sobre cabos, curtos-circuitos se formam, e a equipe precisa desligar trechos inteiros da rede para manutenção segura.
Além disso, quando há um grande número de ocorrências simultâneas, o tempo de resposta se prolonga, já que é necessário mapear cada ponto de dano antes de religar.
O que os moradores devem esperar?
A Copel informou que as equipes seguem atuando desde a madrugada para restabelecer o serviço, mas que os reparos podem levar mais tempo nos trechos em que houve danos estruturais maiores, como postes quebrados ou transformadores afetados.
Enquanto isso, moradores são orientados a evitar contato com fios caídos, redobrar atenção nas ruas e acompanhar os comunicados oficiais sobre a normalização do serviço.