Paranaense conta trajetória para se tornar a primeira astronauta brasileira

A loandense Andressa Ojeda, de 23 anos, está traçando um caminho extraordinário para se tornar a primeira astronauta brasileira. Nascida na capital das torneiras, ela inspira uma geração e leva o nome da cidade para o mundo através de sua participação em projetos ligados à Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA).
Agora, com a formatura prevista para maio, Andressa está prestes a concluir a graduação em engenharia aeroespacial na prestigiada Embry-Riddle Aeronautical University, na Flórida.

INFÂNCIA
Andressa sonhava com as estrelas desde pequena. A perda da mãe trouxe um significado mais profundo à conexão com o espaço. O céu estrelado se tornou um refúgio e uma inspiração para ela.
Sonho de infância
Quando minha mãe faleceu, algumas pessoas me diziam que quem parte vira estrela. Aquilo ficou comigo de uma maneira especial, à noite, eu saía de casa, olhava para elas e sentia que precisava entender o universo
Andressa Ojeda, futura astronauta
Determinada a transformar a dor em motivação, ela deixou o Brasil aos 17 anos para concluir o ensino médio no exterior com o apoio do Rotary Club. O desempenho no SAT, exame equivalente ao Enem, garantiu vaga em cinco universidades norte-americanas. A escolha foi a Embry-Riddle, instituição que já formou 11 astronautas.

PIONEIRISMO
Entre os muitos feitos, Andressa conta que se orgulha de ter sido a primeira brasileira a estagiar na Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça. Durante sete meses, ela trabalhou no Large Hadron Collider (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo.
“Foi transformador trabalhar ao lado de alguns dos maiores cientistas do planeta. Essa experiência me mostrou o impacto que a ciência pode ter no futuro da humanidade”, afirma.

O PROJETO QUE TOCOU A LUA
O marco mais recente na trajetória de Andressa foi a participação no projeto de enviar uma câmera e wi-fi à Lua, o EagleCam, desenvolvido no laboratório de pesquisas espaciais da universidade.
Em fevereiro do ano passado, um dispositivo criado pela equipe foi lançado por um foguete da SpaceX, marcando um feito inédito: “Foi a primeira vez que um projeto universitário colocou um dispositivo para operar na superfície lunar”, conta.

ROTINA E PLANOS PARA O FUTURO
Atualmente, Andressa vive em Daytona Beach, na Flórida, com uma rotina intensa de mais de 12h por dia na universidade. Entre cálculos complexos e laboratórios, ela valoriza os momentos em que pode voltar ao Brasil para recarregar as energias ao lado da família. “Nas férias, gosto de passar tempo com quem amo, viajar e conhecer lugares novos”, afirma a futura astronauta.
Os próximos passos após a formatura já estão traçados: ganhar experiência em uma empresa aeroespacial e continuar se preparando para realizar o sonho de ir ao espaço em pelo menos 10 anos. Apesar da saudade da família e dos desafios, Andressa acredita que cada etapa foi essencial para moldar a trajetória.
Com informações do Portal da Cidade Loanda.