Paranaenses que fugiram para casar completam 60 anos de união


Por Redação GMC Online
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Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

A professora Creide Cardoso de Oliveira, de 78 anos, e o autônomo Gersom Alves de Oliveira, de 79, de Apucarana (PR), completam 60 anos da “maior loucura” de suas vidas: os dois fugiram para casar. A decisão foi tomada após a família da professora proibir o relacionamento.

O casal se conheceu em 1963 quando a família de Gerson se mudou para um sítio, no Distrito de São Pedro Taquara. Na propriedade vizinha, morava a família da professora Creide, que tinha 17 anos na época. Quando os dois se encontraram, foi paixão à primeira vista.

A paquera foi inevitável e os dois logo começaram a trocar cartas de amor. A mãe de Creide, entretanto, descobriu o romance à distância e proibiu a relação da filha com o vizinho, pois não simpatizava com os familiares dele.

No ano seguinte, Gerson se alistou no Exército e passou uma temporada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O casal apaixonado voltou a se comunicar por cartas e o romance chegou ao conhecimento do pai dele. Gerson revelou que desejava se casar com Creide, entretanto a mãe dela não simpatizava com seus familiares.

A revelação deixou o pai de Gerson chateado e ele então arquitetou um plano para ajudar o filho a ficar com seu grande amor. O homem alugou um carro e, na noite de 10 de julho de 1964, Creide saiu da casa na calada da noite às escondidas, descalça, só com a roupa do corpo e foi ao encontro do amado.

Foto: Reprodução

Os dois andaram pela área rural até a propriedade onde o carro alugado estava escondido e seguiram para um hotel no centro de Apucarana. No outro dia, 11 de julho de 1964, os dois se casaram no cartório.

Os pais de Creide cortaram relação com a filha, que recebia a visita somente do irmão mais velho. Mas, no ano seguinte, quando ela engravidou da primeira filha, a família fez as pazes. No próximo mês, o casal completa 60 anos de casados, com três filhas e dois netos.

“Acredito que eles fizeram uma loucura, porque fugir escondido foi corajoso da parte deles. Acho que eles são um modelo de superação, pois lutaram pelo amor deles, pelo que sentiam um pelo outro. Foram até as últimas consequências. “Meu pai sempre foi um modelo, sempre muito trabalhador e honesto. Minha mãe também. Ela começou a trabalhar muito jovem, soube conciliar casa, filhas, marido e a escola. Esse é um exemplo de família que deu certo”, elogia a filha Silvinha Alves de Oliveira, que é professora em Apucarana.

As informações são do TNOnline.

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