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20 de dezembro de 2024

“Quero justiça”, diz irmão de pizzaiolo que morreu na PR-323 em Umuarama


Por Redação GMC Online Publicado 20/12/2024 às 08h47
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Foto: Danilo Martins/OBemdito

A reportagem recebeu na tarde desta quinta-feira, 19, Deivid Edson de Paula, de 35 anos, irmão mais velho de Abner Daniel, de 33 anos, que perdeu a vida em um grave acidente ocorrido na noite de terça-feira, 17, na PR-323, próximo à Loja Havan, em Umuarama.

Abner, pizzaiolo no Senhor Pizza, pilotava uma Honda CG Titan pela rodovia quando, por volta das 22h, foi atingido por um VW Jetta em frente ao Multi Atacado. O impacto foi tão violento que retorceu a motocicleta e lançou Abner vários metros à frente. O motociclista morreu no local.

Deivid relembrou a trajetória difícil da família. Eles viviam no Rio Grande do Sul até 2002, quando perderam a mãe de forma trágica. Na época, ele tinha 13 anos, Abner 11, e o irmão mais novo apenas 1 ano e 2 meses. “Minha mãe foi vítima de feminicídio. Nosso padrasto, alcoólatra, a matou”, contou Deivid.

Após o crime, os tios trouxeram os três irmãos para Umuarama, onde foram criados. “Nossa história não é bonita, mas é de superação. Poderia ter dado tudo errado, mas não deu. Meu irmão sempre foi trabalhador. Ele e nosso irmão mais novo trabalhavam juntos. Abner era batalhador, tinha muitos amigos e cuidava do cachorro dele”, lembrou.

Abner cresceu no bairro Dom Bosco e mas atualmente morava no bairro San Remo. Na noite do acidente, ele não estava trabalhando. “Ele estava testando a moto, pois havia colocado óleo nela. Planejava voltar para casa depois disso”, explicou o irmão.

Deivid revelou que a troca da folga de Abner aconteceu para atender à demanda da pizzaria. “Ele folgaria na segunda, mas como precisaram dele, trocaram para terça. Eu vim cobrir ele e nosso outro irmão. Estava no trabalho quando recebi a notícia”, relatou.

O pizzaiolo vivia um bom momento pessoal e profissional. “Ele estava feliz com a vida, ganhando bem e fazendo planos, como trocar a moto e melhorar as coisas”, afirmou Deivid. “Era uma pessoa tranquila, do bem. Não dava trabalho para ninguém. A perda é imensa. Quando vi meu irmão naquela situação, fiquei sem reação”.

A família não recebeu informações da polícia no dia do acidente. “Soube pelos veículos de comunicação. Não tivemos tempo de ler todas as notícias, estávamos resolvendo os trâmites. Amigos começaram a nos avisar que poderia ser ele. Fomos até o local e confirmamos”, explicou.

As informações são do O Bemdito.

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