Pais que têm filhos em escolas particulares já precisam preparar o bolso para o aumento das mensalidades. Segundo o Sinepe (Sindicato Estabelecimentos Particulares de Ensino Noroeste Paraná), o reajuste das mensalidades escolares para o ano de 2025 deve ficar, em média, de 8% a 10%.
O reajuste geralmente é acima da inflação, reflexo ainda dos prejuízos acumulados pelo setor educacional durante a pandemia, segundo o presidente do Sinepe, Djalma Martins.
“Não existe uma lei que indique um valor que é tabelado. Mas nós, das escolas particulares, a gente vem desde a pandemia em que a gente foi obrigado a dar desconto. Então o pessoal que está acabando de pagar os financiamentos, que na época o governo cedeu, esse custo tem que ser absorvido. Além de que, geralmente, não é só a inflação que prossegue para o salário dos professores e depois mais os insumos, por isso que sempre é um pouco a mais do que a inflação”, explicou Martins.
Mas as escolas precisam explicar aos pais como foi calculado esse reajuste. Todos os dados devem constar de uma planilha a que os pais terão acesso e que precisa seguir regras estabelecidas em legislação própria, diz o advogado Paulo Bandeira.
“O importante a se entender desse reajuste é que as escolas têm uma planilha, que elas precisam obrigatoriamente divulgar para que as famílias tenham conhecimento de como foi calculado esse reajuste. E essa planilha é uma obrigação legal, existe uma lei específica que determina que exista uma planilha que demonstre todos os valores que foram calculados para o reajuste. Então todo o gasto que a escola privada teve no ano de 2024, somado à inflação, pode ser considerado para o cálculo do reajuste do próximo ano”, explica Bandeira.
Além da inflação do período de 2024, as escolas levam em consideração alguns custos operacionais, como contratação de professores, aumento de salários e investimentos da própria escola, desde que demonstrem tais investimentos.