Um reflexo registrado no vidro de uma edícula foi decisivo para que a Polícia Civil esclarecesse o feminicídio de Jaqueline Rodrigues Pereira, de 37 anos, morta com um tiro na cabeça no dia 13 de setembro, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Estado. O marido dela, Adriano Forgiarini, foi preso preventivamente no sábado, 27, suspeito de forjar um assalto para cometer o crime.
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Segundo as investigações, Jaqueline foi assassinada dentro de um quarto da casa por volta das 5h20. Um áudio de câmera de segurança captou o som de um tiro abafado, o que indiciava que o imóvel estava fechado no momento. Minutos depois, a câmera captou o som de algo sendo arrastado. Às 5h31, uma mensagem foi enviada do celular da vítima em um grupo da família: “Bom dia povo”.
Cerca de uma hora mais tarde, a câmera registrou um novo som de disparo de arma de fogo, desta vez mais alto e próximo ao equipamento. Para a Polícia Civil, foi neste momento em Adriano Forgiarini atirou contra si mesmo para simular uma tentativa de assalto. Devido à morte de Jaqueline, inicialmente o caso era investigado como tentativa de latrocínio — roubo seguido de morte.
O corpo da mulher foi encontrado no quintal da casa, enquanto Adriano apresentava um ferimento superficial na região do peito e foi socorrido ao hospital.
O reflexo da câmera e os sons captados
O delegado Walcely de Almeida contou que uma das câmeras externas da casa, voltada para o quintal, acabou captando a movimentação do marido a partir do reflexo em um vidro da edícula. O delegado esteve no local após um investigador informá-lo que a cena do crime era “muito estranha”.
Após a chagada de Almeida no local, os investigadores deram início à coleta de imagens registradas pelas câmeras de segurança. A maioria dos equipamentos não havia gravado nenhuma cena do crime — com exceção de uma.
Depois da análise das filmagens e dos sons, a polícia reconstituiu os passos do marido desde a morte de Jaqueline. Um dos reflexos registrados mostrou Adriano indo e voltando para os fundos da casa. Segundo o delegado, familiares reconheceram a pessoa que aparecia andando pela casa: era o marido de Jaqueline. A arma usada no crime foi encontrada em um pomar nos fundos da residência.
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