Robô desenvolvido por alunos é arma contra a dengue em sala de aula

Uma turma de estudantes do Colégio Estadual Vereador José Balan, em Umuarama, é prova de que todo conhecimento aprendido em sala de aula pode ser útil no dia a dia. Das aulas de ciência, o conhecimento sobre a citronela, uma planta que afugenta o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. E das aulas de robótica, o mecanismo para montar um robô autônomo. Resultado: um robô que circula pela sala de aula borrifando uma solução de citronela no ambiente.

A turma é formada pelos estudantes Gustavo Dosso, Gustavo Lima, Vitor Barboza, os três com 14 anos, e Ana Julia França, de 13. Um sensor evita que o robô pare ao bater em obstáculos e um umidificador é usado para borrifar a citronela.
O colégio de Umuarama é de ensino integral e os alunos desenvolveram o projeto em intervalos de aula e no horário de almoço. O grupo de estudantes usou materiais como cabos USB; sensores de distância; bateria de lítio, notebook; placas, garrafas pet, álcool e caixas de papelão. A avaliação dos resultados incluiu pesquisa bibliográfica e análise da performance do robô. No município de Umuarama, os casos de dengue aumentaram rapidamente no ano passado, época do desenvolvimento do protótipo, afetando diversos setores, entre eles o da educação.

O projeto desta turma venceu o concurso Agrinho no Núcleo Regional de Educação em Umuarama, na categoria robótica, e integra agora a Rede de Clubes Paraná Faz Ciência. O professor que supervisiona os trabalhos, Maikon Douglas Schmidt, explica que com o incentivo da Rede, o projeto vai ser aprimorado, inclusive com a entrada de novos integrantes.
“A gente vai aprimorar a nossa investigação científica para aprimorar o protótipo, realizar testes e desenvolver novas soluções para potencializar seu impacto no combate à dengue. O projeto está tendo continuidade pelos próximos três anos, o que vai permitir a sua expansão, seu aprofundamento nas pesquisas. A gente vai aprimorar a nossa investigação científica para aprimorar o protótipo, realizar testes e desenvolver novas soluções para potencializar seu impacto no combate à dengue. A gente está trabalhando numa disciplina que chama eletiva, uma disciplina dos colégios integrais. A gente está com 24 alunos, todos eles trabalhando em conjunto, tentando desenvolver essa sinergia, para o nosso projeto ser cada vez mais aprimorado e mais eficiente no combate ao mosquito e, consequentemente,à dengue”, explica o professor que está à frente do projeto.
Foto: Maikon Douglas Schmidt