Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

26 de setembro de 2024

Simepar prevê primavera quente com chuva ligeiramente abaixo da média no Paraná


Por Redação GMC Online Publicado 21/09/2024 às 11h47
Ouvir: 00:00

A primavera começa às 09h44 deste domingo, 22 de setembro, e termina às 6h20 de 21 de dezembro. Segundo a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o primeiro dia da estação será quente com pouca chuva em todas as regiões. O tempo fica ensolarado nas regiões Norte, Noroeste, Norte Pioneiro, Sudoeste e Oeste. Permanece nublado na Capital, Litoral, Sudeste e Sul.

A temperatura mínima prevista é de 15 ºC em Guarapuava, Jaguariaíva, Ponta Grossa e na Capital. A máxima deve atingir 33 ºC em Paranavaí, Umuarama, Maringá, Londrina, Jacarezinho e Guaíra. 

costa-rica-4975038
Foto: Ilustrativa/Manuel de la Fuente/Pixabay

La Niña

À medida que se aproxima o verão, os dias se tornam progressivamente mais longos e quentes. Neste ano, o fenômeno meteorológico La Niña se forma entre a primavera e o verão, com intensidade fraca, influenciando o clima paranaense até o primeiro trimestre de 2025. “Além disso, as águas do Oceano Atlântico Sul e a temperatura média do ar sobre a América do Sul continuarão mais quentes que o normal”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. 

A previsão indica que as temperaturas médias do ar ficarão acima da normalidade para a estação em todo Paraná. De acordo com os dados históricos, os maiores valores de temperaturas máximas são habitualmente registrados nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral. Em outubro, a chuva deve seguir o padrão de normalidade. Em novembro e dezembro, fica entre próxima e abaixo da média histórica em todas as regiões. “São esperadas ondas de calor e longos períodos sem chuvas”, observa o meteorologista. 

Por ser considerada uma estação de transição entre o inverno e o verão, a primavera favorece a ocorrência de eventos meteorológicos severos como rajadas de ventos fortes, granizos, alta incidência de raios e chuvas volumosas. A previsibilidade desses episódios é desafiadora e muito difícil de ser realizada com grande antecedência. Por esse motivo, o monitoramento sistemático das condições meteorológicas e a emissão de alertas de curto prazo são essenciais para prevenir e mitigar os efeitos na sociedade.

Agrometeorologia

A agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Heverly Morais, orienta os produtores a adotarem cuidados com as plantações nesta primavera. “O cenário é preocupante por causa das temperaturas muito elevadas e chuvas abaixo da média climatológica, com distribuição irregular e períodos prolongados de estiagem”, afirma. 

Culturas como soja, milho e feijão podem ser afetadas de diversas maneiras, incluindo atraso na semeadura, germinação desuniforme, crescimento inadequado das plantas e desenvolvimento deficiente dos grãos. Para mitigar os efeitos desses períodos secos e quentes, é recomendável escalonar a semeadura utilizando cultivares de ciclos diferentes. Deve ser evitado o uso de uma população de plantas superior à recomendada. É importante escolher sementes de boa qualidade e cultivares adaptadas à região, mantendo o equilíbrio nutricional.

As altas temperaturas e ondas de calor podem prejudicar as hortaliças, especialmente as folhosas, que exigem muita água para irrigação. É alto o risco de danos a culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas, bem como às pastagens. Comuns na primavera, eventos meteorológicos extremos, como vendavais e granizo, podem causar danos físicos nas plantas e prejuízos significativos. Chuvas intensas podem provocar erosão do solo e aumentar a incidência de pragas e doenças.

Plantio direto

Os períodos de estiagem durante a safra das grandes culturas têm sido recorrentes no Paraná. Uma estratégia preventiva eficaz para melhorar a estrutura do solo e aumentar o armazenamento de água é o cultivo com a incorporação de plantas de cobertura em sistemas de plantio direto. Essa técnica aprimora os atributos físicos e químicos do solo, favorecendo a infiltração de água e aprofundando as raízes. Além disso, reduz a temperatura e a evaporação do solo, mantendo a água disponível para as plantas durante períodos de estiagem fraca e moderada.

Segundo a agrometeorologista Heverly Morais, “é fundamental que essa prática seja planejada e acompanhada por assistência técnica, já que os benefícios são obtidos em médio e longo prazos”.

Valores médios históricos da primavera

A tabela a seguir traz os valores médios históricos de chuva (faixa de variação), temperaturas do ar mínimas e máximas para cada região do Paraná nos meses de outubro, novembro e dezembro.

image

Fonte: Simepar

Obs.: Estes dados são divulgados para fins de informação como referenciais das médias históricas para a estação. Não devem ser utilizados para deduções sobre previsão do tempo, a qual é feita por profissionais de meteorologia com base na análise de um conjunto de fatores e indicadores de monitoramento ambiental da atualidade.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação