Templo de umbanda é alvo de vandalismo em Apucarana


Por Redação GMC Online
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O Templo fica no Jardim América. Foto: TNOnline.

O Templo de Umbanda Caboclo Pena Dourada, de Apucarana (PR), registrou um boletim de ocorrências após sofrer atos de vandalismo nas duas últimas semanas. Localizada na Rua Emiliano Perneta, no Jardim América, a sede da instituição religiosa de matriz africana teve vidros quebrados após ser alvo de pedradas.

Para Juviniano Fidelis de Moura, que é filho da casa (como são chamados os frequentadores) e está estudando para se tornar um sacerdote espiritual, os atos de vandalismo são motivados pelo racismo religioso, que é a discriminação e ódio por algumas religiões. “Nós vamos instalar câmeras de vigilância para monitorar o templo e tentar identificar os autores desses atos de vandalismo”, disse ao TNOnline.

Foram três ataques registrados no local, um na semana passada e dois nesta. “Infelizmente, há muita intolerância religiosa no Paraná, especialmente em Apucarana. A gente queria entender o porquê disso”, assinala. Segundo ele, há muita falta de informação da população em geral com a umbanda, vinculando a religião, muitas vezes, a questões obscuras. “Na verdade, o Deus que existe nas igrejas católica e evangélicas é o mesmo que pregamos aqui. Nós fazemos muita caridade e recebemos todas as pessoas bem, sem nenhum tipo de discriminação”, diz Fidelis, que esteve nesta quinta-feira (28) no local para verificar os estragos juntamente com a diretora Rosana Manfrim Lopes.

O Templo de Umbanda Caboclo Pena Dourada tem cerca de 30 filhos de casa e realiza reuniões todos os sábados. Há em Apucarana pelo menos mais cinco casas de umbanda em atividade.

A umbanda surgiu no Brasil em 1908 por meio de um jovem chamado Zélio Fernandino de Moraes. A palavra, que tem origem no dialeto quimbunda, significa arte da cura. É uma religião afro-brasileira que sincretiza elementos dos cultos africanos com elementos das religiões indígenas, do catolicismo e do espiritismo kardecista.

Com informações do TNOnline.

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