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14 de dezembro de 2025

Trabalhadores do Contorno de Jandaia do Sul fazem protesto e fecham BR-376

Foi no fim da tarde dessa terça-feira (12). Um grande congestionamento se formou depois que a rodovia foi fechada por manifestantes. Segundo eles, o consórcio responsável pela obra rescindiu os contratos com os trabalhadores no dia 1º de dezembro, mas não pagou a rescisão.


Por Brenda Caramaschi/CBN Maringá Publicado 13/12/2023 às 16h21
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Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal (PRF)

Trabalhadores do Contorno de Jandaia do Sul fizeram protesto e fecharam a BR-376 nesta terça-feira, 12. Os manifestantes bloquearam a via no quilômetro 230 sentido Apucarana e Maringá por volta das 16h30 usando materiais de construção e fogo. Em poucos minutos, o congestionamento se formou. Um ouvinte da CBN passou pelo local pouco depois da interdição e contou que os motoristas estavam procurando rotas alternativas por estradas de terra. 

“Está um caos aqui na estrada de Jandaia para Mandaguari, está tudo parado aqui. Uma fila enorme de Mandaguari para Apucarana aqui, estão liberando aos poucos os carros, mas está tudo parado”, disse o ouvinte da CBN.

Os manifestantes dizem que foram mandados embora pelo consórcio contratado para fazer a obra e não receberam a rescisão trabalhista, nem a passagem para poderem voltar para suas cidades. Erinaldo Santos é carpinteiro e conta que tem gente do Brasil inteiro trabalhando ali. 

“Tem gente da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, tem gente que vai quase o Brasil todo, né? E a gente quer ficar a fim de ano em casa, né? Com a família, que é o principal. Tem o pessoal do hotel aqui que já estavam falando de botar pra fora também. Essa foi a maior questão. Porque como é que a gente vai? Vai pra onde? Não tem pra onde ir. Sem dinheiro. E a gente quer que eles paguem. A passagem da gente tá ‘atrasado’, o FGTS tá atrasado e o acerto, a verba incisória da gente.

Ninguém responde nada pra gente, ninguém fala nada. Infelizmente a gente tá tipo assim, abandonado, né? A empresa é terceirizada da Viapar. Ela que tá a responsável pela gente. Consórcio Contorno de Jandaia do Sul.

A Viapar não comenta nada. Até o escritório do consórcio já não se encontra mais no local, que era aqui em cima a central deles. Ninguém sabe onde vai mais. O que eles falam é que vai ter reunião em Curitiba e só vai adiando, adiando, adiando e a gente já tá preocupado, porque a gente não é daqui. Aqui é tudo caro o custo de vida, né? Vocês sabem que é bem caro. E a gente quer ir pra casa, quer passar Natal com a família. E receber nossos verbas rescisórias também, né?

Só a verba rescisória, a passagem e o FGTS. São esses três itens que estão faltando”, contou Erinaldo Santos.
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Os manifestantes bloquearam a via no quilômetro 230 sentido Apucarana e Maringá usando materiais de construção e fogo. | Foto: PRF

Enquanto o protesto acontecia, motoristas aguardavam por horas. Ederson Carneiro é caminhoneiro e seguia de Tamarana para Maringá. Ele chegou ao trecho interditado pouco depois de a pista ser fechada. 

“Ah, eles estão certo, tem que protestar de algum jeito, né? Mas não lascando todo mundo desse jeito também, né? Mas fazer o quê, né? Fica enroscado. Enroscado bastante mesmo”, disse Ederson Carneiro.

O trânsito foi liberado quase três horas depois da interdição, após uma intervenção da Polícia Rodoviária Federal, como explica Pedro Faria, chefe da delegacia da PRF em Maringá. 

“A PRF fez ali os contatos necessários e por volta das 19 horas houve a desobstrução de forma pacífica da rodovia. O fluxo doravante seguiu normalmente sentido Maringá e a PRF irá monitorar a região para que haja a fluidez do trânsito”, esclareceu chefe da delegacia da PRF em Maringá, Pedro Faria.

Em nota, a Viapar diz que a manifestação nas obras do viaduto de Jandaia do Sul foi promovida por funcionários de uma empresa que foi contratada pela concessionária para a execução da obra do Contorno e que não há nenhum vínculo jurídico entre as duas empresas, frisando que todos os pagamentos e obrigações assumidas pela Viapar junto ao consórcio foram honrados e atendidos nos prazos estabelecidos e que não há qualquer inadimplência por parte da Viapar, seja financeira ou contratual junto a seus fornecedores, empregados e contratados.

A CBN tenta contato com o consórcio responsável pela obra.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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